quinta-feira, janeiro 25, 2007

Roda-a-roda do NASSER (25JAN2007)


Síntese - Fiat Auto mudará de nome. A partir de 1º de fevereiro será Fiat Group Automobiles SpA. As marcas sob a holding, também: Fiat Automobiles SpA; idem para Alfa Romeo e Lancia. A àrea do Ducato será Fiat Light Commercial Vehicles SpA.
Tampinha - Os japoneses, pobres e bobos, usam carros especiais em cidade. Nós, ricos e sabidos, não. Lá o motor é de 660 cm3. O Pino é novo mini Nissan. Faz 21,5 km/litro; motor de 3 cilindros, DOHC, 53 cv; transmissão automática, de três ou cinco velocidades, e opção tração 4X4. A Nissan estima vender 2.500 unidades/mês.
Recorde - Pela primeira vez, a divisão Motorrad BMW vendeu 100.000 motos/ano.
Foguete - Derivado do penta vencedor das 24 Horas de Le Mans, o Audi R8 tem motor V8, 4.2, injeção direta FSI de 420 cv, entre eixos, antes do traseiro; tração quattro e carroceria em alumínio. Lançado em Paris, chega ao Brasil em outubro. É uma flecha. Acelera de 0 a 100 km/hora em 4,6 segundos faz e vai aos 301 km/hora.
Começou bem - O Citroën C4 venceu e fez dobradinha no Rali de Monte Carlo, com os tricampeões Sébastien Loeb/Daniel Elena e Daniel Sordo/Marc Martí em 2º.
Liquidação - Quer um Audi A3 em condições atrativas? Para liquidar estoque a Audi financiará 50% de cada unidade sem juros. Seguro grátis por um ano.
Folga - Próximo dia 31 encerra a produção dos Mercedes Classe C na fábrica de Juiz de Fora (MG). Depois, arrumação da linha, para montagem das versões C SportsCoupé, destinadas à Europa. Poucas peças brasileiras e ao início para exportação.
Tecnologia - SAE e AEA, entidades de engenheiros automobilísticos uniram-se para contribuir ao uso de percentual cada vez maior de óleos vegetais no diesel. Os estudos andam mais rápido que o governo federal. O B2, com adição de 2% foi aprovado por todas as montadoras, testando agora o B5 e em estudos para 30%. A bandeira da tecnologia brasileira está agitada e este processo vai acelerar.
Mercado - Bem acertados e com opções de cabine, motor e tração, os picapes Ford Ranger cresceram em vendas e participação no mercado, de 15,9% para 18,7%. Foi nos carros com motor 2.3 gasolina. Ou, em crise na agricultura, quem vende é preço.
Condicionamento – Para não espantar jornalistas com o consumo de combustível do picape S10 com motor flex elevado 2.4, a GM apresentou-a na Via Dutra, plana e de velocidade constante e limitada. Um tipo de uso que mascara a realidade do gasto.
Anúncios - O anúncio de TV do EcoSport automático dá a impressão que, quem nunca dirigiu, andará aos pulos. E passa informação errada: que os automáticos dispensam o pé esquerdo para condução. É errado, usam-se os dois. II - Entretanto, brilha o pequeno anúncio do Fusion nos sítios. Simples e objetivo: "Ford Fusion, muito mais que um sucesso de vendas. Um sucesso de compras." Tem razão. Poucos os veículos tem a relação de custo e prazeres do Fusion.

Gente - Antonio Carlos Romanoski escolhido Personalidade de Vendas ADBV 2006 presidente da Brasil & Movimento - motos Sundown. A empresa é referência em ética e competitividade. OOOO Henrique Thielman, empresário em Juiz de Fora (MG), 55, eleito presidente da Federação Brasileira de Veículos Antigos. Missão árdua, provar que a entidade é necessária. OOOO

Fiesta 2008 barateia o 2007 primeira série


A Ford pulou o ano que se inicia e apresenta o novo Fiesta como 2008. Marca-o por novo grupo óptico frontal, traseiro e um tratamento tchan no interior – capitaliza sua diferença, o melhor espaço interno. O novo dispensa divulgação, e a Coluna voltará a ele na próxima semana. O lançamento criou oportunidade interessante para findar as unidades dos 2007, 1ª série, 1.0 Flex recém apresentadas. É a primeira vez que uma montadora brasileira antecipa completamente o ano.
O 2008 custa R$ 29.990. Mecanicamente igual ao 2007, a R$ 25.990, com entrada de R$ 1 mil, ou sem, e financiamento em 60 meses, a partir de março.
Vale a pena ? Se o seu caso é aproveitar, corra. É um bom negócio. A diferença de preço entre um e outro, em torno de 15%, justifica a opção pelo do ano que o marketing fordiano encerrou. No 2008 as alterações são estéticas para dar novo fôlego ao Fiesta, líder de vendas nos Ford. No 2007, mecânica igual, com o motor 1.0 Flex. É hatch cinco portas, construção pela boa engenharia Ford. O motor identifica o combustível e, com exclusividade, regula a temperatura para otimizar resultados.

Tem comportamento à altura, destaque à boa operação de conforto, estabilidade, freios e o preciso engrazamento das marchas, em motor e câmbio dianteiros transversais.
Nas limitações do motor mil e mais de mil quilos, direção hidráulica e ar condicionado, percurso de cidade civilizada, com gasolina e potência de 71 cv percorreu médios 15 km/litro. Com álcool - ou o que dizem ser - 73 cv, um espanto: em torno de 9 km/litro.

Para que não lhe tirem o couro
Revestimento de couro nos veículos tornou-se exigência. Veículo que não o tem, é de segundo nível, como o eram os sem levantadores de vidro e travamento de portas, ou o ar condicionado e a direção assistida hidraulicamente no fim do século passado. Variam em tipo, qualidade, percentual de emprego do couro, proporção entre couro e plástico. Claro, os de fábrica são referência. Aplicá-lo após a compra, exige pesquisa, pois às vezes o barato é caro pelo que se recebe. Há cobranças adicionais para o convívio com este ícone de refinamento e valorização. Para que ele retribua com anos de conforto, boa aparência, integridade para recebê-lo bem, valorizar seu carro à hora da venda e durar para não exigir cara substituição.

Cuidando
Como cuidar de bancos em couro? Como limpar e conservar? Com quais produtos?
A Coluna ouviu algumas fontes. A Bantec Recaro, há 30 anos fornecendo a montadoras, sugere: material: duas ou três flanelas, pano e água limpos; sabão neutro de côco; vaselina.
Como fazer: limpe com flanela limpa, úmida e pouco sabão, passada suavemente. Depois, para conservar, pano limpo, úmido. Após, flanela limpa e seca com vaselina liquida. Aguarde umas seis horas para total absorção. Eventual excesso deve ser retirado com outra flanela limpa e seca. A vaselina retorna as característica naturais do couro, ressecado pela exposição aos raios solares. Por isto, no Sudeste e Sul o procedimento deve ser realizado a cada seis
meses. Áreas mais quentes, na metade deste prazo. Para proteger seu investimento, a Bantec Recaro sugere evitar o uso de roupas com rebites, tarjas metálicas, como os jeans, pois o atrito do corpo contra encosto e assento, pode arranhar o couro, depreciando-o.

Sem vaselina
Há especialistas e colecionadores que repudiam o uso da vaselina. O mineiro Boris Feldman, jornalista especializado, não a aplica em seus Mercedes, Ferrari e Rolls-Royce. Engenheiro, diz, são produtos de diferentes bases químicas. O couro é orgânico e a vaselina, mineral. Porém, Peter Kondziolka, diretor da Bantec não vê inconveniência desde que, como qualquer outro produto, não haja excesso.

Cuidador de automóveis caros - clientes em Brasília e Rio os remetem para limpeza, cuidados e embelezamento - o paulista Roberto Gozo, tem receita própria: material - Sabão neutro; mínimo de panos e água limpos; escova redonda, de pelos macios; esponja de nylon macio; Óleo Pan. Como fazer? Lavar com o sabão neutro; passar várias vezes um pano com água limpa, até remover completamente o sabão; passar a escova redonda, de fibras macias, com sabão neutro; passar pano com água limpa várias vezes; e pano limpo para secar bem.
Esperar 8 horas para secar completamente. Aplicar Óleo Pan com esponja macia de nylon - como a absorção difere, aparecerão manchas, mas é normal; aplique outra demão; aplique mais uma demão. Se muito ressecado, seja generoso - aplique outra demão. Espere secar 1 hora. Passe um pano limpo e seco para uniformizar a cor.

Outras soluções
O Museu do Automóvel, em Brasília, cuida do estofamento de seus veículos, com produtos ingleses Gliptone, recomendados para Rolls, Bentley e Jaguar, com suave odor de couro de qualidade. À falta, adota solução não recomendada, para evitar abalos conjugais: Creme Nívea, Óleo Séve, ou de amêndoas doces - importados. Opte pela cor neutra se o estofamento não for escuro. (R.Nasser) Foto Fiesta: R.Nasser / Foto Banco: divulgação

Serviço
Polimentos Roberto – (11) 5532 0608 e 5561 1572; Gliptone – vendidos em US$:www.autobarn.com - limpador 6.99; condicionador 7.99;

ACELERANDO (25JAN2007)

CARUARU 1 X 1 ALEMANHA

Em cada nova visita, Caruaru mostra-se mais e mais ousada. Sábado passado, em companhia dos amigos pilotos Manuel Ambrósio e Paulo Leão, navegamos sertão à dentro num mar sem defeitos. Ao passar da divisa com Alagoas o panorama do asfalto muda radicalmente. Algo como, de um tinto seco nacional de R$4,99 para um português do Alentejo, desses bem caros. Agora o governo pernambucano literalmente arrancou o piso antigo e refez a malha perfeitamente até o núcleo de negócios nordestino que mais prospera nas últimas duas décadas, a minha querida Caruaru. Já já chego nos automóveis.
Do chão seco surgem novos prédios e diversos negócios. Em frenética garimpagem não é difícil encontrar colecionadores de carros antigos sorrindo à toa por lá, por que encontraram, por exemplo, uma grade de Gordini numa lojinha da esquina. Vi, também, uma concessionária de caminhões VW com 15 modelos zero quilômetro no show room. Coisa suntuosa, de marajá. Mais à frente, saindo da cidade, um kartódromo em fase conclusiva é outro sinal de que o automobilismo por ali não pára nunca.
Em chegada ao Autódromo Ayrton Senna, no meio do quase-nada, Joca Ferraz à postos para atender aos pilotos integrantes da nova categoria que está nascendo por lá: a Spyder Race Nordeste, que terá dez pilotos brigando entre si com equipamentos iguais. Coisa acessível. Aproximadamente R$40.000 a diversão anual, sem contar com possíveis batidas. Essas ficam por conta de cada um: bateu, paga o prejuízo. O foco da questão é que uma pequena-grande cidade consegue fôlego em recursos e estímulos pessoais para manter o ritmo das coisas que acontecem por lá. Esse ano, a Fórmula Truck que tinha como tradição começar por Caruaru, mudará por causa do clima. Em março chove naquela região e agora a etapa nordestina será somente em agosto.
Em algumas voltas vimos o protótipo da Spyder Race acelerar pra valer nas curvas e retas. Motor VW 1.8 (AP800), chassi tubular, casquinha de fibra e muito amor pra dar. Tem cerca de 180hp e vai quase aos 200 por hora, num custo sensacional para quem gosta do esporte. Mostrou-se seguro após um acidente ocorrido com o piloto Fabrício Fechini que chocou-se contra uma barreira de pneus a quase 160km/h. O episódio até parou a brincadeira, mas serviu para mostrar uma estrutura resistente e interessante para tranqüilizar os pilotos. Se gostas, programe-se, pois a Gazeta Automóvel fará cobertura do campeonato 2007 e divulgará o calendário do certame.
Do sertão para a Alemanha, saímos de um brinquedo baratinho para outro de arrepiar. É o Audi R8, incrível campeão de Le Mans que chega ao mercado numa versão de rua sensacional. Está na capa e somente na página 8, em preto e branco, para ser consumido como um bom vinho tinto: devagarzinho.

Uma ótima leitura, preclaro leitor(a)! (Texto): Fábio Amorim

GPS (25 JAN 2007)

Só álcool
De acordo com a Revista Quatro Rodas, a Citroën sairá na frente lançando o compacto C3 movido somente a álcool. É o fantasma dos bi-combustíveis beberrões começando, de leve, a assustar o mercado. Motivo de discussão das duas últimas edições da QR, a “bíblia” do setor, os “flexíveis” são um paradoxo. Quando abastecidos com álcool, não conseguem aproveitá-lo em 100% e na gasolina, idem. Em comparativo de Honda New Civic X Honda New Civic Flex, venceu o primeiro, em quase todos os aspectos.

A hora é essa
Se queres um Audi A3 nacional zero km (aquele do modelo antigo), corra já para uma revenda, pois, desde terça-feira (23/1), a Audi está oferecendo um plano de financiamento sem juros e com seguro grátis de um ano na compra desse modelo.

Piocerá
Desde a última terça-feira (23/1), o Rally Piocerá começou em mais uma edição. Com uma tradição de 20 anos, a competição alterna anualmente o percurso que varia entre os Estados do Piauí ao Ceará ou vice-versa. Alagoanos aos montes estão por lá tentando manter a tradição de bons resultados nesse rali. Uma das duplas favoritas ao título é composta pelos personagens Caetés, Marcelo Toledo (piloto) e Deninho Acioli (navegador).

No lucro

A Toyota do Brasil fechou o ano de 2006 como a quinta montadora em vendas no país, liderando todos os segmentos em que atua no mercado nacional. De janeiro a dezembro, a montadora vendeu 69.709 veículos, o que significa um aumento de 14,5% em relação a 2005, superando os 12,4% de crescimento registrados pelo mercado automotivo brasileiro no mesmo período. A participação de mercado da Toyota alcançou 3,6%. Esta marca de vendas é histórica na companhia. As exportações somaram 16.095 unidades, 26,5% a mais do que em 2005. (Fábio Amorim)

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (25 jan 2007)


Eduardo Caetano, sagitariano de 22 de novembro é chefe do setor de acessórios da revenda Ford Cycosa, em Maceió (AL).

“Leio a Gazeta Automóvel pelos bons atrativos que ela traz, como as notícias do ramo em que trabalho, e a situação do mercado automotivo”

CARRO INESQUECÍVEL: “Um Gol 2.0 à álcool”
PRÓXIMO CARRO: “Um Ford Focus 2.0”
CARRO DOS SONHOS: “Uma Maserati!”
QUE TIPO DE MÚSICA COSTUMA OUVIR QUANDO DIRIGE? “Forró e MPB”
VIAGEM DA BOA LEMBRANÇA: “Uma que fiz de carro até Fortaleza em 1991. Foi tão boa que fiquei dois anos por lá!”
SITUAÇÃO INESQUECÍVEL VIVIDA A BORDO DE UM CARRO: “Voltando de uma vaquejada em Capela, sobrei numa curva com um Fiat 147 e fui parar dentro de uma pocilga!” / Foto: acervo pessoal

PÁRA-CHOQUE 004 - 25JAN2007

ENTREVISTA: Robson Galindo (25jan2007)


Aos cinco anos de idade ele já negociava gibis na Feira de Caruaru. Aos 8, ampliou os negócios abrindo duas banquinhas de “fiteiro” e, aos 10 anos, chegou a administrar um bar que vendia feijoada e bebidas. A corrida foi grande a ponto de, aos 13, perceber que já estava cansado de ser empresário! Daí decidiu ser executivo de vendas. Passou por revendas Ford e Volkswagen, fez parte da história da Mesbla Veículos em Recife (PE) e hoje, aos 41 anos comanda a Delta Veículos, nova revenda de automóveis de luxo da linha Daimler-Chrysler, que comercializa carros entre R$78.000 e R$700.000
Conheça Robson Galindo, um pernambucano de fala mansa e atitude positiva quando o assunto é vender.


O que a Delta Veículos oferecerá ao consumidor alagoano?
A Delta Veículos é uma ramificação da empresa matriz que fica em São José do Rio Preto (SP), que é a sede controladora de todas as revendas do grupo Rodobens. Aqui nós vamos oferecer todos os veículos da Daimler-Chrysler, ou seja, Mercedes-Benz, Jeep, Dodge e Chrysler. Todas as versões comercializadas no Brasil serão vendidas aqui em Maceió.

O ponto será somente um núcleo de vendas ou vocês vão disponibilizar alguns serviços?
Além dos serviços rápidos, como troca de óleo e filtros, por exemplo, nós iremos fazer toda a parte mecânica e eletrônica dos automóveis, inclusive ajustes maiores em motores. Faremos a parte básica, mas também cuidaremos de todo o esquema mecânico dos carros revendidos aqui. O que não faremos, caso necessário, serão os serviços de funilaria e pintura.

E como fica o cliente nessa situação?
Veja bem, a Mercedes-Benz está chegando em Maceió para homologar três boas oficinas do ramo que ficarão responsáveis por reparações desse tipo.

Quais serão elas e quais os critérios que vocês adotaram para escolhê-las?
Nós fizemos uma pesquisa no mercado automotivo local consultando outros comerciantes do ramo, observamos pessoalmente e, por fim, indicamos para os executivos essas três oficinas, que serão a Oficina Pontual, a Guedes e a Garage. Todas com condições plenas de atender a qualquer tipo de reparação nos carros da Daimler-Chrysler. Só que tem um detalhe nesse tipo de serviço: se for necessário, por exemplo, pintar um pára-lamas, nós retiraremos a peça, mandaremos para uma dessas oficinas e executaremos a montagem aqui novamente, dentro do padrão que a fábrica exige.

Você acha que Maceió já tem capacidade para suportar uma empresa dessas? Quais as suas expectativas de vendas aqui no nosso mercado?
Alagoas se difere completamente de outros mercados nacionais. Nós fizemos uma pesquisa e constatamos que esse Estado tem um potencial positivo de vendas de carros desse nível, bem maior que os mercados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão, por exemplo. De modos que a nossa expectativa é a melhor possível em relação a isto.

Qual será o seu maior foco na administração da Delta Veículos em Maceió?

Receber bem será a minha primeira meta sempre e esse será o maior diferencial da Delta. Eu não falo nem em atendimento e sim num tratamento muito especial a todos os clientes de Alagoas. Acho que nem sempre o comprador dos nossos automóveis são os primeiros formadores de opinião. Nós temos recebido várias pessoas que já entram na loja avisando que não podem comprar os carros, mas que querem ter o prazer de conhecê-los de perto. Então é muito bom manter bons relacionamentos e crescer junto com a cidade. (Fábio Amorim) Foto: FBA

quinta-feira, janeiro 18, 2007

ACELERANDO (18JAN2007)

AS FACES DA CONCORRÊNCIA

Uma das boas coisas que existem no mundo automotivo é a concorrência. O vizinho muda, o outro copia melhorando. Um produto é lançado com uma novidade e, a reboque, surgem inovações em cima daquilo que era inédito até ontem. E assim, nessa competição acirrada de desenhos, motores e preços, quem sai ganhando é o consumidor, que tem ampla opção de escolha à sua frente.

Ampliando possibilidades, novas marcas começam a funcionar a partir de hoje em Alagoas. A Hyundai, com seus quatro anos de garantia sem limite de quilometragem, invade Maceió com o interessante Tucson, um SUV (sport utility vehicle), repleto de tecnologia e com um pacote de itens de série compatível com seu preço. Trará, também, no momento inicial, o utilitário HR, misto de picape com caminhão de pequeno porte. É “sangue novo no pedaço” mexendo com as estruturas, causando movimento, um bom furor que somente agita vendas e abre novas perspectivas. A marca vem representada por Galba Accioly, executivo de ampla experiência no mercado automotivo alagoano. O empresário é sinônimo de confiabilidade e aposta em veículo com reputação crescente pelo mundo.
A outra novidade vem de Pernambuco, doando a identidade Daimler-Chrysler, complexo que hoje controla Mercedes-Benz, Chrysler, Jeep e Dodge. Chama-se Delta e é empresa do Grupo Rodobens, sólido no mercado nacional e que, com toda certeza, disponibilizará bons negócios para o Estado. Apenas um ponto de vendas com confortáveis instalações, lá na Praça Lions (Pajuçara). A estrutura sentirá o mercado e abrirá, localmente, nicho de utilitários esportivos, sedãs de luxo e outros, de alto luxo. Será capitaneada por Robson Galindo, homem bom de negócios, exportado pela matriz para conquistar consumidores locais.
De quebra para o(a) leitor(a), o Novo Ford Fiesta 2008, veículo que ainda nem foi lançado oficialmente, mas já aparece em nossas páginas. Seguindo o DNA da marca lá fora, está de cara nova, com bonitos faróis e vincos no capô, sem falar das lanternas traseiras em policarbonato. Por dentro, também mudou, com interessante painel de instrumentos e novas padronagens de banco. A fábrica irá lançá-lo em São Paulo, no final do mês, em evento para a imprensa especializada. É o “Viva o novo” da Ford aqui, em primeira mão, assim como os orientais e europeus que rodarão, em breve, nas pistas Caetés.

Boa leitura! (Texto): Fábio Amorim

Segredo: flagramos o Novo Ford Fiesta 2008 já em Maceió


Veículo traz nova frente, traseira modificada e moderno painel, mas ainda não foi lançado oficialmente

Em 2002, inaugurando o início da produção da Ford em Camaçari (BA), o Fiesta Hatch surgiu. Desde o primeiro momento, firmou-se bem nas vendas e acumulou vários prêmios concedidos pela imprensa especializada. Até agora, contadas as exportações, a Ford já produziu 158.000 unidades do modelo. Em 2004, foi a vez do lançamento do Fiesta sedã, também muito bem posicionado na sua categoria. Agora, pensando na continuidade desse equilibrado produto, a marca ousa inaugurar a linha Fiesta 2008, com algumas alterações.

Sem ser lançado oficialmente no Brasil, apenas um exemplar da nova espécie foi flagrado pela Gazeta Automóvel. Conheça mais um pouco sobre o novo modelo.

Desenho
O novo design será, seguramente, o maior argumento de vendas do Fiesta 2008, já que as alterações aconteceram tanto na parte externa, quanto na interna. A motorização, tanto do 1.0 litro, quanto o do 1.6 continua a mesma.

Buscando uma integração maior do desenho da frente ao contexto geral do carro, a fábrica caprichou em importantes detalhes, como a mudança do farol que agora tem luzes duplas e o pisca-pisca mais próximo da lateral do veículo. O capô tem novos vincos que sugerem uma sensação maior de movimento da carroceria e a nova grade, em formato de colméia adeqüa-se perfeitamente ao – também novo – pára-choque com desenho integrado ao capô. As lanternas traseiras do novo modelo vieram confeccionadas em lentes de policarbonato, e o contexto desse conjunto também é a integração maior do pára-choque com a sinalização da parte posterior.

Mais novidades

Como opcional, a Ford vai disponibilizar duas calotas e uma nova roda de liga-leve para a linha Fiesta 2008. Com mudanças radicais, o novo painel de instrumentos foi completamente redesenhado e agora possui novas saídas de ar, pode vir em tons de cinza diferenciados e também teve um porta-objetos integrado na parte superior. Como jogada de marketing, a Ford disponibilizará o painel em duas versões: Trend e First. O novo quadro de instrumentos do painel agora confere mais esportividade ao Fiesta e, também pode sair de duas maneiras: com o fundo branco com letras verdes e com o fundo preto com letras brancas.
A padronagem dos bancos também sofreu alterações e o catálogo oferece novas cores e desenhos. Para melhorar o conforto, o novo Fiesta 2008 teve o pacote acústico alterado e deve estar mais silencioso ao rodar. Também como grande novidade, teve o seu tanque de combustível crescido em 20% e agora comporta 54 litros, o maior da categoria.
Bom produto, sólido no mercado, deve ter vendas ampliadas com todas essas alterações. Ficou com uma carinha nova, remetendo ao DNA mundial da marca. No geral, bem atraente, resolvido em soluções e mais “clean” que o modelo anterior. (F.Amorim) Foto: FBA

GPS (18 JAN 2007)

Dia do Fusca
Sábado, dia 20 de janeiro é o dia nacional do Fusca. Aos amantes da marca, o Fusca Clube de Alagoas, por intermédio de seus ilustres representantes, Cristiano Melo e Haroldo Gama, vulgo “Fusca”, convidam para encontro especial na Praia de Pajuçara, nas imediações do Clube Alagoinhas. Na ocasião, belas máquinas de vários anos e modelos estarão expostas. Segundo a direção do clube, além do bate-papo, haverá passeio pela orla, com os reluzentes Fusquinhas dando o ar da graça.

Bolão apressado
Já virou tradição. O site www.f1naveia.com , que tem sede em Maceió, já abriu as inscrições para o 17º Bolão da Fórmula 1. Com uma disposição simples, o portal disponibiliza o regulamento para a participação na brincadeira, que se baseia em apostas virtuais nos competidores da categoria automobilística mais famosa do mundo. Para participar, tem que se pagar uma cota e, no final da temporada, o prêmio retorna para o vencedor com maior acerto. Maiores informações no próprio site. Se gosta de velocidade, ouse participar!

Citroën em festa
A Citroën será a montadora oficial da 9ª edição do Festival de Verão Salvador 2007, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de janeiro. A fábrica vai montar “lounges” dentro dos camarotes 'Vivo' e 'Baladas Pepsi', com exposição de lançamentos da marca e distribuição de brindes. Os clientes da fabricante de veículos francesa também terão uma série de benefícios durante o evento. Haverá um ponto de venda exclusivo na concessionária Toulouse, em Salvador, que venderá passaportes para os quatro dias de shows com 25% de desconto. Além disso, uma cota especial de estacionamento também será distribuída entre os clientes, garantindo vagas gratuitas no Parque de Exposições de Salvador.

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (18 jan 2007)


João Ernesto Lyra - Taurino de 2 de maio, Engenheiro civil e trilheiro de Jeep nas horas vagas

"Leio a Gazeta Automóvel por tudo o que ela traz de bom sobre automóveis em geral. Da Fórmula 1 às trilhas de Jeep!"

Carro inesquecível: "Um Gurgel 1982!"
Próximo carro: "Toyota Hilux SW4"
O que escuta no som do seu carro? "Blues e Axé. Quando gosto de uma música deixo ela repetindo direto!"
Carros do sonhos: "Um Range Rover V8"
Carro inesquecível da família: "Um Aero Willys 1963, do meu pai"
Viagem da boa lembrança: "Uma que fiz de Rural Willys com a minha família pelo litoral nordestino"
Viagem perigosa: "De carro pela Cordilheira dos Andes. Começou a nevardemais e aí vi a hora de acontecer um acidente"

PÁRA-CHOQUE 003 - 18JAN2007

Roda-a-roda do NASSER (18JAN2007)


Pé embaixo – Depois de crescer 26% nas vendas em 2006, a indústria automobilística mexicana projeta expansão de 30 % neste ano. No exercício passado, cravou 2,5M unidades produzidas: 1,19M de vendas internas e 1,39M de exportações. Praticamente a produção no Brasil. Segredo da expansão, crescimento interno do país em 4,6%. Mais um país a ultrapassar o nosso, grande e bocó, dormindo à espera de projetos de crescimento sempre substituídos por discursos vazios e promessas vãs.
Pânico – A Volvo está alarmada com decisão da Buses Metropolitana, de Santiago, Chile. A empresa-consórcio, com verba internacional para reformular o transporte coletivo chileno, agendou a compra de 499 unidades Volvo, no valor de US$ 123,5M. Uma decisão do BNDES, o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, liberando financiamento para 500 unidades de ônibus Mercedes-Benz, fez compradora mudar a preferência para a marca da estrela.
Hyundai – Assegura o Grupo CAOA, de revendas Ford e representante da Hyundai no Brasil, iniciar em março as operações de sua fábrica em Anápolis (GO). Concorrentes olham o calendário. Já atrasou muito, postergou, adiou, e agora corre, no último mês de prazo, para não perder incentivos fiscais federais. Montará um caminhãozinho de 1,8 t, o HR. Operações industriais simplórias.
Tecnologia – O sistema Tetrafuel® criado pela Magneti Marelli no Brasil concorre a prêmio internacional da Spectrum Magazine, revista internacional de tecnologia, publicada pelo IEEE – The Institute of Electrical and Electronics Engineers.
Qual será? – Reuniões na Agrale para lançamento de seu jipe. Questões variadas: desde o conteúdo decorativo – o que determinará faixas de clientes e aplicações – até o nome. Marruá, como chamado, é regionalismo, como foi Turuna numa Honda 125. A denominação deve ter entendimento nacional e mercossulino.
Coragem – Apesar de novata no mercado nacional, a Peugeot expurgou o motor 1.0 de seus produtos. Substituiu-o por 1.4. E colhe resultados: a versão hatch aumentou 63,2% em vendas. E influenciou crescimento da marca, 15% em 2006, vendendo 61.190 veículos. Carros 1.0, ou Mil, foram solução para a revitalização do mercado no início dos anos '90. Hoje, incoerência. Motor de mais para circulação urbana, e de menos para andar com segurança nas estradas.
Ampliação – 1.200 novos operários estão sendo contratados pela Fiat Automóveis. Quer, pós Carnaval, implantar terceiro turno de funcionamento e elevar a produção diária de 2.200 veículos para 2.500. A capacidade de fabricação não se amplia aritmeticamente. A Fiat tem como gargalo a capacidade de pintura.
Na pressão – Carros com injeção de combustível utilizam um regulador para impedir excessos sobre a bomba injetora, retornando-o ao tanque. Peça cara, a fabricante Siemens colocou linha em lojas de peças. Diz mais baratas que nas revendas.
Delete – Se você receber correio eletrônico promocional da Fiat, delete. A montadora previne que são hackers querendo implantar vírus ou captar dados de maneira indevida. E esclarece adotar políticas conscientes na Internet; não enviar arquivos anexados nem solicitar atualização de dados cadastrais. Recebeu, deletou.
À distância – Maior empresa de locação de veículos e terceirização de frotas, a Avis adotou sistema de treinamento à distância para funcionários e franqueados. Adequou processo antes desenvolvido para o ensino de idiomas.
Antigos – Beto Cridê, construtor de miniaturas de veículos fará exposição na Volkswagen Haus, espaço institucional da marca. Até março. Fica na Av. Cidade Jardim, antiga sede da referencial Dacon, São Paulo.

Gente – Carsten Isensee, sul africano, é o novo diretor financeiro da Volkswagen no Brasil. Pacote de 4 mudanças na diretoria. A empresa mudou para menos. OOOO Stipp Junior, 67, jornalista, passou. Exemplo de coragem e tenacidade em sua vida pessoal e na implantação do Diário de Taubaté, no Vale do Paraíba. Falência múltipla. OOOO Wolfgang Bernhard, nº1 da marca VW no mundo, deixou o cargo. Martin Winterkorn, executivo maior, acumulará os cargos. Winterkorn substitui Bernd Pfisterieder, presidente que renunciou mês passado. Os cargos de proa na indústria automobilística são fugazes. OOOO (R.Nasser)

Mais um na briga dos SUVs compactos


Cycosa Caminhões traz o Hyundai Tucson e o utilitário HR para Alagoas

Dono de uma das melhores relações custo-benefício do mercado e já com boas vendas na região sudeste, o Tucson, SUV (sport utility vehicle) da Hyundai, agora será revendido em Alagoas pela Cycosa Caminhões, do empresário Galba Accioly.

Competitivo, por causa da boa equação ´preço-pacote de itens de série´, o Tucson inicia sua comercialização por R$84.500 em sua versão GL 2WD com câmbio mecânico. Moderníssimo, ele hoje representa vários desejos do consumidor. A versatilidade do seu uso é um deles.

Robustez
Sua suspensão dianteira é do tipo McPherson e a traseira tem sistema independente com molas helicoidais auxiliadas por amortecedores a gás de dupla ação. Com rodas aro 16 e pneus radiais 235/60R, ele já sai de fábrica com vocação para o uso misto, tanto urbano, quanto fora-de-estrada.

Imponência
Do mesmo porte da concorrência, esse Hyundai é ousado pelos atributos que possui. Imponente, tem 4.325 mm de comprimento, por 1.830 mm de largura e 1.730mm de altura. A distância livre entre eixos é de 3.080mm o que confere ótimo espaço para os ocupantes, bom centro de gravidade e, conseqüentemente, estabilidade confiável. Na escala comercial brasileira, briga, por exemplo, com o Toyota Rav-4. Com ótima altura, ele possui um vão livre do solo de 19,5cm, e seus ângulos de ataque e saída são um prato cheio para quem quer fugir da rotina no final de semana.

Capacidade

Quem opta por um veículo dessa categoria, obviamente está pensando em sua capacidade de carga e na sua versatilidade cotidiana. Bom para quem tem família grande, seu volume do porta-malas disponibiliza 644 litros para bagagens e seu tanque de combustível comporta 58 litros de gasolina.

Completo de fábrica, o Tucson chega repleto de interessantes mimos de conforto. Possui interior com célula de sobrevivência, coluna de direção retrátil, luzes de advertência para cintos desatados e portas abertas, cintos dianteiros com pré-tensionadores e limitadores, faróis com lentes de policarbonato, faróis de neblina, alarme anti-furto, direção hidráulica progressiva, volante com regulagem de altura, vidros verdes e pára-brisa degradê, porta objetos, porta copos, descansa braços, console central, console de teto, tomadas extras de 12V, banco do motorista com ajustes lombar e altura, banco traseiro reclinável, bi-partido e com descansa braço central, cobertura do compartimento de bagagens, vidros, travas e espelhos externos com acionamento elétrico, relógio digital, limpador de pára-brisa com 2 velocidades e temporizador, desembaçador e limpador do vigia traseiro.

Motorização
Para movimentar os seus 1.535kg, o Tucson GL 2WD equipado com câmbio mecânico, tem sob o capô um motor 2.0 de 4 cilindros e 16 válvulas que desenvolve 142cv a 6.000 rpm. Seu torque é de 18,42kgf/m, um dos mais interessantes do setor, pois a capacidade que o motor tem de mover o peso do veículo é ampla, passando sempre a sensação de agilidade.

Revenda
Com larga experiência no ramo automotivo, o empresário Galba Accioly é o novo revendedor Hyundai para o Estado. Distribuidor de outras marcas automotivas para Alagoas, Accioly agora amplia o horizonte. “A Hyundai é uma das melhores marcas do mercado mundial. Oferece uma garantia excepcional de quatro anos sem limite de quilometragem, além disso, todos os seus carros são robustos e com baixos custos de manutenção. Além do Tucson, revenderemos inicialmente o pequeno caminhão HR, misto de picape com utilitário e que possui ótima capacidade de carga”, ressalta.

A revenda Hyundai funcionará no mesmo prédio da Cycosa Caminhões, na Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió (AL) e já terá inicialmente oficina de manutenção e peças. A Cycosa-Hyundai, a partir de hoje (18/1) já estará atendendo em horário comercial. (FA) Fotos: José Ronaldo

quinta-feira, janeiro 11, 2007

"E o álcool combustível, quem diria, começou com Henry Ford"


"O uso do álcool como combustível, tão saudado pelos resultados econômicos nos países que podem produzí-lo, e solução barata à redução das emissões poluentes, atual caminho mundial, não começou no final da década de ´70. Foi antes. Década de '20, com incentivo pessoal de Henry Ford. Já o homem mais rico do mundo, apresentador da mobilidade ao homem, Ford era prático e vislumbrava o uso de produtos agrícolas nos automóveis, da construção ao combustível. Um deles, o álcool etílico.
As pesquisas se materializaram na produção de série de Modelos T adequados a utilizá-lo, por nova regulagem no carburador, aquecido pelo calor do escapamento, através de um defletor dito Vaporizador. O funcionamento é uma curiosidade, pois o álcool é mais resistente à queima que a gasolina, exigindo elevadas taxas de compressão nos motores, como hoje empregadas, a partir de 11:1. A razão de compressão do T era simplória: 3,4:1. No Brasil, em seguida, houve experiências pelo engenheiro Souza Mattos, em raids Rio - São Paulo - Petrópolis - naquele tempo sem estrada, viagens eram verdadeiros desafios - com um Modelo T de '25. Houve bombas de álcool, especialmente nas regiões de grande produção alcooleira, como Pernambuco." (R.Nasser/ Foto:divulgação)

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Prestígio, exclusividade e muito charme


Rolls Royce Silver Dawn de 1950: um verdadeiro tesouro motorizado, a máxima expressão do glamour

No início do século XX, mais precisamente em 1904, dois amigos, Charles Stuart Rolls e Frederick Henry Royce, tiveram uma idéia: criar um automóvel que superasse em perfeição, o mais bem feito dos pianos, o Steinway. A referência do instrumento musical, uma obra de arte quase tão cultuada quanto os violinos Stradivarius, serviu de inspiração para aquele que seria – e ainda continua sendo – o mais desejado de todos os carros, o Rolls-Royce.
Empreendedor incansável, Stuart Rolls iniciou junto com o amigo abastado, Henry Royce, o projeto. A empreitada, antes de qualquer coisa, deveria superar tudo aquilo que já havia acontecido sobre rodas. A escolha dos materiais, o desenho da carroceria e a qualidade da motorização foram três pontos bastante discutidos até obterem a aprovação final, pelo simples detalhe: tudo tinha que ser de primeiríssima qualidade, afinal de contas, os nobres clientes seriam criteriosamente selecionados pela fábrica para poder adquirir um modelo.
Por capricho do destino, um fatídico acidente em 1910, levou precocemente Henry Royce, que não assistiu ao sucesso do empreendimento. Por consideração ao sócio, Rolls manteve a identidade que até hoje, após 103 anos de fundação da marca, continua sendo sinônimo de qualidade, luxo e, principalmente, prestígio.

“The best car in the world”
O melhor carro do mundo. Esse é o slogan que a fábrica - originalmente inglesa e hoje regida pela alemã BMW -, criou para os seus quase exclusivos veículos. Uma frase direta e que retrata a essência mais pura do produto. Mitos não faltam ao redor da marca e um deles é que a Rolls-Royce jamais admite que seus veículos quebrem. Aos quatro ventos, publicam: “Nossos carros não quebram jamais, mas, em alguma situação, podem deixar de prosseguir”.

Junho de 1950
Reluzente com sua belíssima carroceria estampada em aço e pesando quase duas toneladas, esse lindo modelo Silver Dawn (madrugada de prata) de 1950, saiu da Inglaterra diretamente para as mãos de Carlos Jacmeyer, milionário portenho-judáico. De barco, atravessou o Canal da Mancha, passou algum tempo na França e, pouco mais de duas décadas depois, em 1975, chegou em Alagoas numa aquisição do industrial Mário Raul Armando Leão, que o conserva até os dias atuais.

Jóia brilhante
Qualificar um Rolls-Royce simplesmente de “carro” é um pecado tão grande quanto chamar um Patek Philippe de “relógio”, pois ambos ultrapassam o seu fim. São jóias feitas à mão e com uma exclusividade marcante, que enchem de orgulho o seu proprietário.
O Silver Dawn 1950 de Mário Leão é um raro exemplar de uma fornada de apenas 760 unidades produzidas entre 1949 e 1955. Sua cor preta e a magnífica frente com faróis redondos impõem mais charme que qualquer veículo moderno em produção. Outro mimo da fábrica, mais elegante que o chá das cinco, foi a tradição de ocultar durante décadas a potência de seus motores. Questionados, respondiam apenas que “todo Rolls-Royce possui a potência necessária para andar...” Outro enigma, também presente nesse modelo, é o metal de seu radiador. Até hoje, a liga que forma essa peça não foi declarada, mas, ourives experientes juram que todo radiador da marca é feito de prata pura!

Dama Alada
Símbolo máximo dos Rolls-Royce é a pequena estatueta fincada na parte da frente da máquina. A história declara que essa elegante fêmea representa a sabedoria dos séculos, a liberdade dos homens-pássaros, o tom perfeito dos cantores de Deus...

Deslizando de Rolls-Royce
Montado minuciosamente após exaustivos testes, todo Rolls-Royce só vem a público depois de passar por provas qualitativas. Para se ter idéia disso, cada porta é testada até 200.000 vezes por um mecanismo de repetição, antes de receber o aval positivo. Um motor de um Silver Dawn como este que andamos, em sua linha de montagem era analisado com um estetoscópio durante cinco horas ininterruptas, pois o funcionamento tinha que ser perfeito, sem falhas.
Vê-lo funcionar é admirar a engenharia do passado. Após um toque rápido na chave, um pequeno acelerador de mão serve de auxílio para o aquecimento do motor. O câmbio mecânico com alavanca na coluna de direção faz movimentar a massa exclusiva. Silêncio absoluto no interior. Após meio século de vida, a suspensão com ajuste automático sustenta a carroceria primorosamente. Por dentro, os bancos em couro e o teto solar adicionam conforto aos passageiros. As maçanetas, o vidro desenhado, o painel completo, tudo, absolutamente tudo nesse veículo é tratado com esmero.

Tradicionalmente, todo Rolls-Royce vem com o volante do lado direito, à inglesa. No entanto, este raro modelo, adaptado de fábrica para rodar na América, possui a condução do lado esquerdo. Agora, prepare-se para entender, enfim, algumas distinções que separam essa obra de arte dos outros meios de condução motorizados. O assento traseiro, revestido em couro bege claro foi fabricado para que haja perfeito conforto dos ocupantes e uma comunicação facilitada com o “choffeur”. Em diagonal (neste caso, do lado direito), o cavalheiro e proprietário, ordena ao condutor o trajeto desejado. À sua disposição, um pequeno depósito de charutos, para passar o tempo na estrada. Na outra extremidade, para chegar impecável aos eventos, a dama serve-se de uma mini-prateleira que comporta um elegante kit de maquiagem. Para completar o pacote de mimos, lindas bandejinhas de madeira e vidro se abrem para comportar sanduíches de pepino que devem ser degustados com chá... É nessa hora que se percebe, enfim, que não se está a bordo de um simples carro e sim, de um autêntico Rolls-Royce, o melhor carro do mundo. (FA / Foto: Fábio Amorim)

O Peugeot 307 e sua traseira "dez-p'ras-cinco"


O Peugeot 307 sedã é o topo da linha mercosulina vendida no Brasil. Um bom médio, coerente em propostas. Visto frontalmente, exibe a genética Peugeot dos nossos dias. Frente inclinada, capô vincado, faróis longos como olhos felinos, e tomada de ar: a boca do lobo mau, grande e agressiva. Arrematam a elegância faróis auxiliares em suportes assumidos e próprios, e dois pequenos e elegantes batentes frontais, como protetores do pára-choque. Frente personalizada, o 307 chegou, está chegado.
Se você gostou da aparência, entre no habitáculo e a boa impressão continuará. Correto, bem decorado, acertado, peças niveladas, elegante na formulação do painel. Versão testada, topo de linha, revestida em couro, teto solar. Dirigindo-o, a constatação que hoje em dia as marcas francesas são as de melhor acerto entre características do motor e a transmissão. No caso, importados, motor de 4 cilindros, 16 válvulas, 143 cv e generosos 20 quilos de torque - o melhor da categoria. Tração dianteira e sistema hidráulico com 4 marchas e sistema Porsche Tiptronic pelo qual você abdica do automatismo na transmissão e paga dois adicionais para mudar as marchas. Uma panaquice inexplicável. Motorista bem tratado, com banco com regulagem de altura, e coluna de direção em altura e profundidade. Anda bem, confortavelmente e apresenta pacote de itens de segurança da melhor qualidade: ABS nos freios; duas bolsas de ar; assistência nas frenagens de emergência; chave com transponder; faróis e limpadores de acionamento automático; piloto automático; retrovisores externos rebatíveis; e muito mais. Acomoda bem motorista e acompanhante e mais duas pessoas atrás. Uma terceira ficará apertada no centro do banco. É correto no andar, no acelerar, no consumir. É estável, freia bem, retoma velocidades com brio. E o faz com silêncio proporcional à sua postura de mercado para automóvel que, equipado a este nível arranha os R$ 80 mil.

Porém...
Se porém fosse portanto, a vida seria melhor. Mas, não há bem que sempre dure, e nem mal que não se acabe. Assim, há imperfeições. Sanáveis. Uma delas é a transmissão de irregularidades do piso ao automóvel. Nada que lembre um VW Fox, mas não usual em carros desta categoria. E há uns barulhinhos internos de plásticos que mostram folgas quando a carroceria é conduzida em pisos ruins. Outra característica é o alerta constante de cuidados para que a saia dianteira, também em plástico, não fique de roça-roça com quebra-molas e que-tais. A soma destas imperfeições sugere que se houve desenvolvimento e adequação deste carro argentino ao mercado brasileiro, dispensou a ajuda da Peugeot Brasil. O primeiro ano do 206 nacional era uma fábrica de barulhos e a equipe brasileira da Peugeot fez primoroso trabalho, redimensionando encaixes de peças, acabando com folgas e ruídos. E bisaram a conquista na suspensão da versão Escapade, dando-lhe rodar ímpar em estradas ruins. No 307 falta sincronia entre o produto e mercado.

Por trás, não

Olhar o 307 sedã pela traseira para mim foi sessão nostalgia. Há muito tempo, quando me fizeram advogado, trabalhei para uma fábrica de automóveis. No vocabulário do meio, havia a "solução dez-p'ras-cinco". Aquela, de alguém que se lembrou, neste horário, do trabalho a ser entregue daí a dez minutos. Foi imediata associação. A frente do 307 passa por um exame de DNA. A traseira será barrada. Ficaria até boazinha num automóvel desta chusma despersonalizada que anda por aí, identificados só pelos emblemas. A personalidade marcante da frente do 307 não foi seguida pela traseira. É simplória, sem atrativo. A janelinha lateral traseira é envergonhada. Não compromete funções, mas é esteticamente descombinada, sem naturalidade, e parece ter sido tirada de algum carrinho chinfrim e ali soldada - às dez p'ras cinco. Urge uma segunda série para que estes detalhes não atrapalhem um bom produto.

O novo picape TL Sprint Fiat
Leitores da "Coluna" sabem que a indiana Tata e a Fiat brasileira juntaram-se num empreendimento reativador da parte automobilística da fábrica Fiat de Córdoba, Argentina: farão um picape de projeto Tata, o TL Sprint. Mais dados sobre o produto. Construção sobre chassis, tração nas 4 rodas, pouco menor que Ford Ranger, GM S10, Toyota HiLux. Terá duas formulações estéticas para diferenciar. Com marca Fiat, para América do Sul - e possivelmente México. Motor brasileiro Iveco, 3.0, diesel, 4 cilindros, turbo, inter e 157 cv. Como Tata, exportado para o mundo, motorização própria, trazida da Índia: motor diesel 2.2, 140 cv.Racionais, os indianos não quiseram motor tão forte. O único lugar do mundo com picape diesel fazendo 180 km/hora sobre as estradas sem qualidade é, inexplicável e injustificada e inseguramente, o Brasil. Vendas no último trimestre do ano. (R.Nasser / Foto: divulgação)

Roda-a-roda do NASSER (11JAN2007)


Tecnologia - Dos lançamentos no Salão de Detroit, de carros conceitos vistos como pré-apresentação de próximos produtos, e da Ford exibindo-se como a mais sintonizada com o mercado de automóveis, novidade importante é da GM, o Volt. Como produto é mais uma das mágicas de marketing de Bob Lutz, movimentado septuagenário e vice-presidente. Como técnica, um bom caminho. É elétrico, com energia produzida por um pequeno motor Opel a gasolina, três cilindros, 1.0 turbo. Pode ser reabastecido em 6h numa tomada doméstica e andar 64 quilômetros. Acabando a carga, continua com a energia produzida pelo motor a gasolina.
Negócio - A Ford quer vender as divisões Volvo, Jaguar e Land Rover. Aberta a propostas. Vende apenas as marcas ou também as instalações fabris.
Dúvida - Promotores alemães querem ouvir Ferdinand Püech, presidente do conselho e maior acionista da VW mundial. Ainda o escândalo de orgias, atreladas à gratificações generosas e inexplicadas, e à descoberta de notas frias na contabilidade. Dois ex-diretores estão presos. Querem saber como isto ocorreu sem que ele soubesse. Ao contrário daqui o negócio não acabará em pizza ou chucrute.
Sem explicação - Aumentou o seguro obrigatório, o DPVAT: 11,3 % - o benefício, quase nada. Poderia ser expandido na mesma proporção. É que o DPVAT é um escárnio à sociedade. Recolhe imensurável quantia, e destina menos da metade ao objetivo de indenizar mortos e feridos. A maior parte é de gordas fatias: para o governo, para o Denatran, para escola de corretores, para o sindicato dos corretores. 8% para comissões - comissão sobre cobrança compulsória? Serviço que não é prestado? Tudo sacramentado pelo presidente da República?
País sem educação e sem punição, qualquer medida inexplicada e inexplicável tomada em ano ou pós-eleição, arranha a linha da suspeita. O Ministério Público poderia obter uma explicação. Eu não quero meu DPVAT pagando bolsa-família, dossiês, dólar na cueca, mensaleiros, sanguessugas, valeriodutos e outros criativos desvios de dinheiro e conduta.
Flex - Aumentou o álcool. O governo ameaçou intervir. Aumentou novamente. Preço de álcool é caso perdido. Não havendo regulamentação, faz-se o que se sequer. Se há demanda, aumenta-se o preço. Se há falta, aumenta-se a adição na gasolina. A "Coluna" se fixa no mágico número 0.70 a ser multiplicado ao preço do álcool para saber se seu uso é vantajoso nos carros Flex. 0.70 vale apenas nos carros onde consumo de álcool é 30% maior que a gasolina. Mas quem disse ser este o seu caso? Há enormes discrepâncias de marcas, modelos, motores. Assim, o seu número será apenas seu. Meça o consumo com gasolina, depois com álcool. Veja a diferença, e calcule o percentual entre um e outro. A diferença é o fator de multiplicação.
Solução - A GM do Brasil anunciou ação prática ao inevitável convívio com os produtos da China. Importar carros e complementar com processos e partes daqui. E componentes chineses agregando-os aos carros nacionais. A China chegou.
História - Antes da audiência com o presidente Lula, para anunciar US$ 1B de investimentos no Brasil, Dominique De Marco, presidente da Ford Américas, Marcos Oliveira, novo presidente para Brasil e Mercosul, e Célio Galvão, gerente de imprensa da montadora, visitaram o Museu do Automóvel, em Brasília. Foram guiados por Rogelio Golfarb, diretor da empresa e presidente da Anfavea.
História, II - Para comemorar seus 52 anos de atuação no país a Bardahl inaugurou dia 10 um pequeno museu de sua história, o Centro Memória Bardahl. Fica em Cajamar, a 40 quilômetros da capital paulista. Presentes os pilotos já apoiados pela empresa.
Parabéns - A fábrica Renault de motores de Fórmula 1 comemora 30 anos. Operava nas instalações da Alpine, em Dieppe, mudou-se para Viry-Châtillon, sul de Paris. Os marinhos ares de Dieppe, de onde pela primeira vez motores Renault, nos Alpine, foram tri campeões em rallyes europeus, inspiraram vitoriosa carreira na Fórmula 1, ganhando campeonatos de 1992 a 1997 e 2005 e 2 006. Apenas a Ferrari a supera em vitórias na Fórmula 1 nos últimos 30 anos. A Renault gasta nisto US$ 300 M/ano.
Imprensa - Se você gosta de "4 Rodas Clássicos", publicação trimestral da Editora Abril, corra. Está em banca o derradeiro número. Será descontinuada. Grande perda. A Editora On Line, de vários títulos, incluindo Fusca e Opala, reeditará "Automóveis Antigos", suprimida por conflitar no sistema de distribuição.Gente - Fabrício Migues, jornalista, 6 anos de correto trabalho na comunicação da Volkswagen, deixa-a em meio a férias coletivas. Atividade-fim de jornalista, está no Diário do Grande ABC. OOOO (R.Nasser)

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (11 jan 2007)


Paulo Bandeira - capricorniano de 14 de janeiro, é gerente de vendas da revenda Chevrolet Auto-Vanessa, em Maceió (AL).

"Leio a Gazeta Automóvel por causa do conteúdo interessante de matérias e pela maneira abrangente de como ela aborda o tema automóvel"

Carro inesquecível - Kadett GSi
Carro inesquecível da família - Opala Diplomata
Quando dirige, qual o tipo de música que escuta? "Marisa Monte e Alceu Valença"
Próximo carro - Novo Vectra
Carro dos sonhos - Ômega
Viagem da boa lembrança - "Uma que fiz de carro pelo litoral brasileiro com a minha família"

PÁRA-CHOQUE 002 - 11JAN2007

ACELERANDO (11JAN2007)

A MARCA DE UM CLÁSSICO

Em rara oportunidade de exposição, eis em nossa capa e destrinchado nas páginas centrais, um belo exemplar da nobreza inglesa. Esse maravilhoso Rolls-Royce Silver Dawn de 1950, após passar anos na Argentina transportando a milionária família Jacmeyer, rodou pela França e..., quem diria, veio parar em Alagoas na metade dos anos 70. Para nossa sorte, está conosco até hoje, nas mãos do cuidadoso industrial Mário Leão, que possui uma pequena, porém distinta coleção de cinco ótimos carros antigos. A boa notícia é que a jóia em questão é o primeiro da série, pois todos os outros estarão por aqui, muito brevemente, para o seu deleite, caro(a) leitor(a).

Diferentemente da maioria dos veículos da marca, esse já saiu de fábrica com o volante do lado esquerdo, ou seja, adaptado para rodar em países como o Brasil. O foco principal dessas mudanças, porém, foi o mercado norte-americano, pois é lá, até hoje, que estão os compradores mais abastados do mundo, gente que ama carros e modifica até um indefectível Rolls-Royce.
Esse nome soa de maneira diferente. É automóvel que precisa de um “Charles” para guiá-lo, pois o chique mesmo é andar no banco de trás. Necessita-se de um certo nó na língua para pronunciá-lo como se deve, sem vergonha. O som do Rolls é a prova disso. Vou inventar um termo para explicar: não dá para ´tupiniquinzar´ essa palavra. Tem que ser dita da maneira inglesa, senão, perde a força. “Rôus-róice”, assim pronuncia-se. A confusão onomatopéica está feita e salve-se quem puder, de carro inglês ou num G.O.L (grande ônibus lotado) pelas estradas da vida. Eis a sugestão para ler devagar. A história de um nobre que veio parar no nordeste e parece que daqui não sairá.

Outro inglês revolucionário, John Lennon, em rompante amoroso e sem freios, enlaçou-se com a enigmática Yoko por dias, talvez semanas, no interior de um Rolls-Royce. Esse foi, talvez, o primeiro carro de luxo tatuado do planeta. A fábrica torceu o nariz, e diz a lenda que quis tomá-lo à força, mas John não se importou. A cada dia na pista, no secreto compartimento traseiro, ele e Yoko deixavam rastros de Yesterday, e o Rolls não perdeu a classe e nem a pose. Sim, serviu de marketing mundial para a marca que, só pra contrariar, aumentou o seu preço. Hoje, um novinho em folha, com direito até a guarda-chuva embutido na porta, vai para sua garagem por mais ou menos 2 milhões de Reais. O preço não interessa, pois ele não quebra e vai até o fim de várias gerações, deixando marcas de prestígio e classe.

Boa leitura! (Texto): Fábio Amorim

GPS (11 JAN 2007)

Já chegou
A Cycosa Caminhões, de Galba Accioly, já concluiu as instalações do show room da Hyundai, nova marca que o empresário vai representar para Alagoas. Já em solo Caeté, algumas unidades do Tucson, (um completíssimo SUV de 4 cilindros que já vem com som, air bag, freios ABS e com opção de câmbio automático) já chamam atenção na Av.Durval de Góes Monteiro. Para logo mais, a empresa promete, também, o utilitário HR.

Delta aberta
A partir da próxima quinta-feira, 18 de janeiro, o ponto de vendas e assistência técnica da Delta Veículos, já estará funcionando em Maceió, na Praça Lions, bairro de Pajuçara. Robson Galindo, gerente da empresa, é quem vai capitanear os novos negócios Mercedes-Benz, Chrysler, Jeep e Dodge na capital alagoana.

Quem vencerá o Piocerá?

Duplas alagoanas de ralis já se preparam para encarar o famoso Rally Piocerá 2007, que acontecerá a partir do próximo dia 22, saindo de Teresina (PI). Ousado competidor local me avisou que vencerá a prova para Alagoas, mas pede anonimato, porque somente quer aparecer com a taça na mão. Coisa sem lógica, não?

Trilhão confirmado
Yuri e Victor Lyra, organizadores do 1º Trilhão Barra Verão, confirmam para o próximo domingo (14/1) o esperado evento. Não será uma competição e sim um passeio entre amigos que curtem trilhas off-road em motos ou quadriciclos. A programação incluirá, também, um café da manhã e sorteios de brindes. No final, haverá uma apresentação da equipe Força Máxima, da Honda. As inscrições poderão ser feitas na Moto Stop em Maceió e também na Barra de São Miguel. Maiores informações pelos fones (82) 3221 9831 e 8802 1358.

Kia anuncia novos investimentos no Esporte

Este ano, a Kia Motors Corporation aumentará seus investimentos em ações esportivas. Para começar, a montadora se consagrará, pelo sexto ano consecutivo, como patrocinadora oficial do Aberto da Austrália - torneio internacional de tênis que acontecerá entre 15 e 28 de janeiro. Além disso, a empresa assinou com o número 2 do ranking mundial de jogadores masculinos de tênis, Rafael Nadal, para que seja o representante da marca até 2008. (FA)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Roda-a-roda do NASSER (04JAN2007)



2007, certezas, previsões

Fim de ciclo. É a primeira projeção ao ano que se inicia. Visão mundial, do canadense Scotiabank, o mercado de veículos novos deverá fechar a etapa de crescimento, exibida pelos países em desenvolvimento – os desenvolvidos têm exibido retração. China, Índia e América Latina, deverão ter o último ano de expansão, antes de atingidos pela retração econômica iniciada no maior mercado mundial, os EUA. Ano que passou, a China cresceu incríveis 40%, com vendas domésticas de 4,1M. Ainda dispõe de enorme margem de crescimento, podendo expandir-se até segundo mercado mundial em 2009, demanda maior para veículos de projeto nacional, médios e pequenos. A Índia cresceu a metade. Mercado parecido com o atual modelo brasileiro, onde as vendas representam 1% da população. Com grande desenvolvimento tecnológico, fechará a década com o porte do mercado brasileiro de hoje. Mas, ao contrário do Brasil, possui um Plano da Missão Automotiva, buscando crescer 400% nos próximos anos.

Na América Latina, México e Brasil maiores mercados, o Peru é o de maior expansão: 41% em 2006, previstos pelo menos metade deste índice em 2007. EUA e Canadá caíram novamente. Em 2006, respectivos 16,5M, reduzidos para abaixo de 16M em 2007, e 1,61M, indo a 1,54M.
Projeções atuais para o Brasil, 5% de crescimento, arranhando a marca de 1,9M. Pode ser pouco maior caso contidos os elevados juros a níveis civilizados. Não há projeto de crescimento utilizando o automóvel como alavanca; não é ano de eleições; a agricultura está sucateada; estradas esburacadas e inseguras; inexistem projetos de transporte coletivo; novos governadores ameaçam crescer impostos; a classe média continuará comprimida no processo de nivelamento por baixo das discrepâncias da distribuição de renda no Brasil. Ou seja, a expansão do mercado não será uma conquista do contribuinte, mas uma permissão atrelada a quão longos serão os financiamentos permitidos pela estabilidade da economia.

Cronograma tentativo de lançamentos
O ano de 2007 exibirá 4 produtos, iniciadores de novos ciclos: Renault Logan; sedã Volkswagen; Fiat Gran Punto; novo sedã pequeno Ford. O restante serão modelos importados ou versões dos já existentes. Veja aí:


Janeiro: Renault Grand Tour - a bela camioneta Mégane, apresentada em dezembro, inicia vendas. Maior missão, mostrar como o sedã Mégane é ótima opção preço/benefício; Citroën C6 - francês, grande, maior que o C5, chega para o segmento de luxo, como o maior dos Citroëns. Motor V6, 3.0, pouco mais de 200 cv; Nova Nissan Frontier - tailandês, série inicial de um picape do porte dos novos Toyota, marcado pela transmissão automática e o motor diesel mais potente da classe;

Fevereiro: Ford Fiesta – 1ª reformulação, feita para não perder o pique de vendas. Mudanças para marcar a nova colheita, especialmente de grupo óptico e grade; Honda Civic Si - opção do Civic para quem o acha "careta" e de pouca performance. Motor forte, 2.0 e transmissão com 6 velocidades; Agrale Marruá - Revisto, a partir de série experimental, virará produto. Desafio legal, não terá marcha reduzida, obrigatória pela legislação para uso de diesel; Mercedes Sportscoupé – produção exclusiva em Juiz de Fora (MG). É o C, mais curto. Para o mercado externo e projeção de vendas locais. Pretende 30 mil unidades/ano;

Março: Fiat Palio IV - revisão estética para ser a última versão do carro que superou o VW Gol. Quer manter-se o mais vendido. Em preço, entre o Mille e o novo Gran Punto; C4 Picasso - um Picasso grande, francês, com sete lugares. Não concorrerá com o atual Picasso, menor, e com projeto de uma década;

Abril: SpaceCross – é o argentino VW SpaceFox fantasiado com os detalhes do CrossFox, sugerindo habilidades para aventuras urbanas; MMC TR4 turbo - o conhecido utilitário esportivo, buscando justificar preço superior ao GM Tracker, pela aplicação de turbo e freios a disco nas 4 rodas; Toyota flex - viu o flex do Honda Civic, e desenvolveu o seu com a missão de apresentar-se melhor, argumento para vendas contra o concorrente em novas linhas;

Maio: Ford Ecosport - líder como comercial leve desde seu lançamento, a Ford quer manter a posição. Ampliará o grupo óptico, grade e detalhes; Renault Logan - para o mercado, pesquisa ao vivo. É grande, 4 portas, simplório, 1.6, 8 válvulas. É a evolução para o dono do 1.0, a maior faixa do mercado;

Junho: Golf 4 e 1/2 - versão antiga, remanescente no Brasil, terá mudanças na frente, grupo óptico e traseira, para sobreviver em produção e vendas; GM Y – surpresa no Salão do Automóvel, bem formatado utilitário esportivo sobre plataforma do Corsa. Menor em tamanho, preço e motor 1.4 que o líder Ford Ecosport;

Julho: Citroën C4 sedã – argentino, primeiro de nova família, começará com versão 4 portas 1.6 e 2.0. Concorrerá com seu irmão de plataforma, o Peugeot 307 sedã.

Agosto: VW sedã – finalmente a VW inicia substituir a família Gol, aos 27 anos. Começará em segmento onde não atua, dos sedãs 4 portas. Mercadologicamente, o novo Voyage;

Setembro: Fiat Gran Punto - sucesso europeu, conviverá com o Palio. É maior e dele surgirá nova família com o 200, sucessor do Marea e versão camioneta;

Novembro: Ford sedã - o Projeto P424, derivado do Ka, o 4 portas mais barato do mercado, a ser construído na ociosa fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

No Ar: Deverá acontecer em 2007: mudança nos utilitários Fiat Ducato, Peugeot Boxer, Citroën Jumper; lançamento do sempre adiado caminhãozinho Hyundai; produção dos picapes indianos Tata pela Fiat Argentina; início da montagem dos chineses no Uruguai.

Ford compra a Troller
A Ford é a nova controladora da Troller. A tradicional montadora assumiu a pequena fabricante cearense de jipes e picapes, com as bênçãos do governo federal. Negócio aparentemente curioso, pela diferença de perfil entre as empresas. A Ford, com dois amplos parques fabris, em São Bernardo do Campo (SP) e Camaçari (BA), estrutura industrial altamente produtiva, produção convencional de carrocerias estampadas em chapa de aço, soldadas por baterias de robôs. A Troller, pequena, de estrutura pós-artesanato, carrocerias moldadas manualmente em fibra de vidro.
Entretanto, não foram os veículos que motivaram a aquisição, como insistem alguns órgãos de imprensa. O jipe Troller T4 e o picape Pantanal, assim como as instalações industriais em Horizonte, proximidades de Fortaleza, foram parcelas de expressão secundária. Motivo principal, incentivos fiscais. Como os da Troller eram mais atrativos no longo prazo, a Ford renunciou aos de seu projeto em Camaçari, e assumiu os da Troller. Processo demorado e costurado com habilidade. Da consulta à matriz e seu convencimento, em época de substituição dos executivos encarregados da operação América Latina, à mudança de local na presidência da empresa. Como ambas contam com incentivos federais e estaduais, realizou ampla e delicada costura, para provar legalidade e viabilidade. Ainda enfrentou oposições e intrigas de marca concorrente – que não faria o negócio, mas queria inviabilizá-lo.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi consultado. Equilibrado, de um lado, tinha interesses em não deixar que a Troller se inviabilizasse. Mas, por outro, cabendo-lhe fiscalizar o cumprimento da legislação da atividade, argüiu cautelas legais. Para dar aval ao negócio, a Ford levou a Brasília, para conversas nos ministérios do Desenvolvimento, da Fazenda e do Planejamento, seu ex-presidente Antônio Maciel Neto, artífice de sua salvação e transformação em empresa rentável, e Alcides Tápias, ex-ministro do Desenvolvimento. O governo entendeu não haver a proibida sobreposição de atrativos, e acabou por publicar Medida Provisória na semana do Natal, viabilizando a formalização do negócio, vigindo a partir de 1º de janeiro por razões contábeis.
A Ford renunciou aos incentivos e assumiu os da Troller, mais atrativos a longo prazo.
Quanto aos produtos Troller, o compromisso da Ford com o governo federal é mantê-los, pelo menos até o fim do regime incentivado, após 2010. A empresa anunciará aplicar seus meios, conhecimentos, a sinergia gerada com a fusão para melhorar o produto e baixar custos. Curiosa e interessantemente há agitação interna nos engenheiros da companhia para transferir-se a Fortaleza e assinar a mudança industrial e dos produtos, um marco na carreira de qualquer profissional desta atividade. A Troller vende jipes desde 1997: 6 mil unidades pela rede com 22 concessionários e 48 pontos de venda. O motor utilizado por seus produtos é o mesmo International 3.0 aplicado aos Ford Ranger.
Gente - Isaac Golfarb, 81, engenheiro, passou. Um dos implantadores da indústria automotora brasileira através da Lambretta. Pai do também engenheiro Rogélio Golfarb, diretor da Ford e presidente da Anfavea. A Coluna se solidariza com a família
. OOOO (R.Nasser-Foto: divulgação / Troller, agora Ford)

ACELERANDO - O paradoxal carro bi-combustível

Qualquer boa revista automotiva dos anos 80 traz testes de carros à álcool com números extremamente interessantes de consumo. O saudoso Ford Corcel II ficou famoso pela perfeita adaptação que teve ao sistema alternativo à gasolina. Fazia, com facilidade, cerca de 12km/l de álcool na cidade e, na estrada, atingia picos extraordinários de até 15km/l. Isso tudo com um carburador de corpo duplo.
Após duas décadas, e muito mais tecnologia, surge alguém para homogeneizar aquilo que nunca deu certo no passado, ou seja, carro a gasolina era carro a gasolina e veículo à álcool era veículo à álcool e ponto final. Um não rodava com o combustível do outro, por várias razões, dentre elas a taxa de compressão e o sistema de alimentação, com diferenças sutis, porém, fundamentais. Pois bem, água e óleo não se misturam (pelo menos até hoje), e aí em nome não se sabe lá do quê, inventa-se o carro bi-combustível. Fábricas correram em batismos e agarraram os termos “flex”, “total flex”, “flex fuel”, entre outros. A denominação, agora unificada é bem clara: carro “bi” anda somente com gasolina, somente com álcool ou com a mistura de ambos em qualquer proporção. Como o álcool tem queima mais elevada, aumenta a potência do motor em míseros hp´s divulgados à esmo pelas fábricas em seus releases ou propagandas. Tudo bem, o sistema representa um avanço tecnológico interessante, no entanto, essa “vantagem” somente seria válida para os consumidores, caso houvesse escassez de combustível nos postos, tal qual nos anos 70.
Amigo meu, possui VW Fox 1.6 “flex” de 4 portas e hoje optou somente em rodar com gasolina, pois o consumo do veículo rodando somente no álcool não é compensatório. Algo em torno de 18% apenas. Nosso test-drive desta edição, um interessante Fiat Idea Adventure, equipado com motor 1.8 da GM, após ser abastecido completamente com álcool, acendeu a luzinha amarela da reserva do tanque, sem ao menos completar 250 quilômetros de autonomia. Os dois exemplos a que me refiro aqui são diretos, mas o evento negativo do carro bi-combustível ser beberrão, é comum à todas as montadoras nacionais, salvo alguns modelos pequenos e de baixa cilindrada.
Há uma piadinha que fala que o pato herdou um monte de características de vários primos, mas, não anda, nem “fala”, não nada e nem ao menos voa com qualidade, pelo contrário, faz tudo mal feito. Hoje, os bi-combustíveis já são responsáveis por mais de 80% das vendas do mercado. Isso é fato paradoxal, por que contraria a lógica de que a tecnologia acompanharia essa “evolução”, ou seja, presumia-se carros mais econômicos no futuro, mas isso não acontece. É privilégio de trintões, como o velho e bom Ford Corcel II.

Abraço forte! (Texto):
Fábio Amorim

PÁRA-CHOQUE 001 - 04JAN2007

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (4 jan 2007)


Eduardo Palmeira, executivo de vendas da concessionária Via France Citroën e capricorniano de 6 de janeiro. “Leio a GAZETA AUTOMÓVEL porque é aqui que encontro o maior e o melhor nível de informações sobre o mercado automotivo”

O QUE ESCUTA NO CARRO? “Forró, Marisa Monte e Hip Hop!”
SITUAÇÃO INESQUECÍVEL VIVIDA DENTRO DE UM CARRO: “Um xamêgo bacana que tive com Isabelle, a mulher da minha vida!”
CARRO INESQUECÍVEL: “Uno Mille EP 1995”
CARRO DOS SONHOS: “Porsche Cayenne”
VIAGEM BACANA: “Para a Praia da Pipa, em Natal, num Escort RS”

O QUE MAIS GOSTA DE FAZER QUANDO DIRIGE: “Sentir a performance do carro na pista”.
LEMBRANÇA DE UM CARRO DA FAMÍLIA: “Um Opala Comodoro 1983”