quarta-feira, janeiro 10, 2007

Roda-a-roda do NASSER (11JAN2007)


Tecnologia - Dos lançamentos no Salão de Detroit, de carros conceitos vistos como pré-apresentação de próximos produtos, e da Ford exibindo-se como a mais sintonizada com o mercado de automóveis, novidade importante é da GM, o Volt. Como produto é mais uma das mágicas de marketing de Bob Lutz, movimentado septuagenário e vice-presidente. Como técnica, um bom caminho. É elétrico, com energia produzida por um pequeno motor Opel a gasolina, três cilindros, 1.0 turbo. Pode ser reabastecido em 6h numa tomada doméstica e andar 64 quilômetros. Acabando a carga, continua com a energia produzida pelo motor a gasolina.
Negócio - A Ford quer vender as divisões Volvo, Jaguar e Land Rover. Aberta a propostas. Vende apenas as marcas ou também as instalações fabris.
Dúvida - Promotores alemães querem ouvir Ferdinand Püech, presidente do conselho e maior acionista da VW mundial. Ainda o escândalo de orgias, atreladas à gratificações generosas e inexplicadas, e à descoberta de notas frias na contabilidade. Dois ex-diretores estão presos. Querem saber como isto ocorreu sem que ele soubesse. Ao contrário daqui o negócio não acabará em pizza ou chucrute.
Sem explicação - Aumentou o seguro obrigatório, o DPVAT: 11,3 % - o benefício, quase nada. Poderia ser expandido na mesma proporção. É que o DPVAT é um escárnio à sociedade. Recolhe imensurável quantia, e destina menos da metade ao objetivo de indenizar mortos e feridos. A maior parte é de gordas fatias: para o governo, para o Denatran, para escola de corretores, para o sindicato dos corretores. 8% para comissões - comissão sobre cobrança compulsória? Serviço que não é prestado? Tudo sacramentado pelo presidente da República?
País sem educação e sem punição, qualquer medida inexplicada e inexplicável tomada em ano ou pós-eleição, arranha a linha da suspeita. O Ministério Público poderia obter uma explicação. Eu não quero meu DPVAT pagando bolsa-família, dossiês, dólar na cueca, mensaleiros, sanguessugas, valeriodutos e outros criativos desvios de dinheiro e conduta.
Flex - Aumentou o álcool. O governo ameaçou intervir. Aumentou novamente. Preço de álcool é caso perdido. Não havendo regulamentação, faz-se o que se sequer. Se há demanda, aumenta-se o preço. Se há falta, aumenta-se a adição na gasolina. A "Coluna" se fixa no mágico número 0.70 a ser multiplicado ao preço do álcool para saber se seu uso é vantajoso nos carros Flex. 0.70 vale apenas nos carros onde consumo de álcool é 30% maior que a gasolina. Mas quem disse ser este o seu caso? Há enormes discrepâncias de marcas, modelos, motores. Assim, o seu número será apenas seu. Meça o consumo com gasolina, depois com álcool. Veja a diferença, e calcule o percentual entre um e outro. A diferença é o fator de multiplicação.
Solução - A GM do Brasil anunciou ação prática ao inevitável convívio com os produtos da China. Importar carros e complementar com processos e partes daqui. E componentes chineses agregando-os aos carros nacionais. A China chegou.
História - Antes da audiência com o presidente Lula, para anunciar US$ 1B de investimentos no Brasil, Dominique De Marco, presidente da Ford Américas, Marcos Oliveira, novo presidente para Brasil e Mercosul, e Célio Galvão, gerente de imprensa da montadora, visitaram o Museu do Automóvel, em Brasília. Foram guiados por Rogelio Golfarb, diretor da empresa e presidente da Anfavea.
História, II - Para comemorar seus 52 anos de atuação no país a Bardahl inaugurou dia 10 um pequeno museu de sua história, o Centro Memória Bardahl. Fica em Cajamar, a 40 quilômetros da capital paulista. Presentes os pilotos já apoiados pela empresa.
Parabéns - A fábrica Renault de motores de Fórmula 1 comemora 30 anos. Operava nas instalações da Alpine, em Dieppe, mudou-se para Viry-Châtillon, sul de Paris. Os marinhos ares de Dieppe, de onde pela primeira vez motores Renault, nos Alpine, foram tri campeões em rallyes europeus, inspiraram vitoriosa carreira na Fórmula 1, ganhando campeonatos de 1992 a 1997 e 2005 e 2 006. Apenas a Ferrari a supera em vitórias na Fórmula 1 nos últimos 30 anos. A Renault gasta nisto US$ 300 M/ano.
Imprensa - Se você gosta de "4 Rodas Clássicos", publicação trimestral da Editora Abril, corra. Está em banca o derradeiro número. Será descontinuada. Grande perda. A Editora On Line, de vários títulos, incluindo Fusca e Opala, reeditará "Automóveis Antigos", suprimida por conflitar no sistema de distribuição.Gente - Fabrício Migues, jornalista, 6 anos de correto trabalho na comunicação da Volkswagen, deixa-a em meio a férias coletivas. Atividade-fim de jornalista, está no Diário do Grande ABC. OOOO (R.Nasser)

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