sexta-feira, fevereiro 23, 2007

ACELERANDO (22 FEV 2007)

TENDÊNCIAS DO PRIMEIRO MUNDO

Desde os anos 40 que americanos e europeus curtem a praticidade de automóveis com câmbio automático. Japoneses, craques em copiar com perfeição e depois aperfeiçoar com mais traquejo ainda os melhores veículos do mundo, também seguiram a antiga e aceita tendência do velho mundo.Hoje, por lá, somente carros esportivos (e caros) saem de fábrica com a opção de câmbio mecânico, ou seja, aquele que possui o pedal da embreagem para ser acionado nas trocas manuais de marchas. Há, como pioneirismo da Audi, uma nova opção que é fusão dos dois modos, o famoso hidramático (ou automático, como a maioria prefere) com o mecânico. O casamento das engrenagens antes tão distintas, não gerou bicho de sete cabeças, pelo contrário, serviu de melhoramento, evolução daquilo que já era interessante.Recentemente testei o novo Audi A3 Sportback com esse tipo de caixa de mudanças: a mecânica automatizada. Surpreendentemente exata nas trocas, notabiliza-se pela rapidez com que faz o trabalho. A Audi publica que o sistema disponibiliza dois discos de embreagem atuando separadamente, mas, em auxílio paralelo. O primeiro fica responsável pelas mudanças de marchas pares e, o segundo, pelas engrenagens ímpares. Testes digitais denunciaram diminuição de tempo de troca de marcha com o uso dessa engenhoca moderna. Tão bom que a Porsche deverá, muito em breve, utilizá-la em seus bólidos, mundialmente famosos pela alta performance.
Aqui no Brasil, a má fama desse sistema nos anos 70 foi a grande responsável pela não aceitação (ainda) do câmbio hidramático. Galaxies, tão bem feitos, às vezes apresentavam problemas do gênero, assim como outros carros nacionais e importados da época. Hoje a história é outra, por causa do avanço da tecnologia, é claro. Primor de veículo, o Honda Fit automático, por exemplo, é agradabilíssimo de se guiar. Sim, concordo que trocar marchas num carro potente faz parte de uma boa ação de pilotagem, mas, no trânsito, no dia-a-dia, o comodismo e o conforto de um câmbio automático são insuperáveis.Capa desta edição pós-folia de Momo, o Ecosport Automático é destaque. Andamos nesse bom veículo, meio topa tudo dentro do mato, meio carrão de cidade. Ágil e potente mesmo em baixas rotações, é bom laboratório para se testar a delícia de um câmbio automático. Só andando para sentir.


Um abraço e boa leitura! (Texto): Fábio Amorim

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