Quem olha o Peugeot 206 em versão Escapade, pode até achá-lo integrando a turma do “promete-mas-não-vai”, de versões enfeitadas para um safári, porém de coragem finda no fim do asfalto. Mas quem o dirige... ah! É outra conversa, outro conceito. Mais novo integrante deste segmento criado e liderado pela Fiat, o Escapade é acertado para bem andar em estradas sem pavimentação. Honesto e equilibrado, não se perde com falsos quebra-mato ou detalhes sugestivos de capacidades inexistentes. Identifica-se por grande adesivo aposto nas portas traseiras. Sem opções de motor, usa moderno 1.6 Flex, duplo comando em 16 válvulas, multi injeção, faz 110 cv a gasolina e 113 cv a álcool. Dianteiro, transversal, tração frontal, cinco marchas. A boa suspensão original, McPherson dianteira e independente atrás, foi reacertada pela experiência mundial da empresa em “rallies”. Por isto, apto ao uso em pisos ruins, com grande estabilidade e ótimo controle, apesar de mais elevado 2,5 cm. Sob o motor placa metálica de proteção. Freios a disco nas 4 rodas. ABS.
Sensações
A impressão geral é de veículo honesto e adequado em propósitos. Como camioneta cumpre a função com charme, com bancos traseiros divididos, rebatíveis, fácil acesso pela porta traseira. A parte superior é elegante, formada pelo amplo vidro, integrando soluções visualmente agradáveis, de cuidados decorativos, como a maçaneta embutida na moldura da porta traseira. Não é automóvel com o teto esticado, mas traz personalidade e cuidados próprios. No capítulo, tem tratos, como o espelho retrovisor externo esquerdo com 3ª pista; no painel, regulador de altura dos faróis em relação à carga; limpadores de pára-brisas com velocidade proporcional à do Escapade; limpador traseiro acoplado à marcha-à-ré, inexistentes em veículos deste porte. Anda muito bem. Motor e câmbio bem entrosados. A segunda marcha poderia ser reduzida em um ponto, aproximando-se da primeira. Alavanca bem situada; curso e engate agradável. Ergonomia acima do normal. O banco bem recebe o motorista, comandos à mão e aos pés. O comportamento dinâmico, o fazer curvas, o frear, exibem esta interação. O condutor integra o conjunto. Utiliza rodas de liga leve, aro 14” e pneus 175 série 70, radiais para uso misto, confortáveis, aderentes e com baixa rumorosidade. Boa relação na caixa de direção com assistência hidráulica. Ao uso proposto, o volante poderia ser um pouco mais espesso.
Consumo?
Com gasolina, uns 14 km/litro em trânsito de cidade civilizada – Brasília ainda o é. Estrada, peso, orografia e velocidade variadas, às vezes primeira e segunda em subidas com ¾ de carga, às vezes exercitando a cavalagem, acima de 12 km/litro. Álcool, gasto bem superior ao mágico e falacioso número de 30% irresponsavelmente anunciado como diferencial constante e absoluto, máximos 8 km/litro.
Vale a pena?
Preços a partir de R$ 50 mil. Mas peça desconto. A rede Peugeot é boa de conversa. Se o seu negócio passa estas características, considere-o vivamente.
O novo Palio, sem disfarces
Internet é formidável. Um telefone celular faz a informação correr mundo. A foto referencia estes tempos. Autor, Felipe Monteiro, no “Boletim Interpress Motor”, expõe os novos Palio chegando para fotos de lançamento numa praia em Natal (RN). Apresentação após o Carnaval, vendas em março. Mudança agradável no corte das janelas laterais, de grupo óptico, e pára-choques – também na traseira – e grade, capô. Não é meia-sola econômica, mas cuidada mudança tocada pela Italdesign, autora do projeto inicial e suas alterações. Quer manter e ampliar o espaço já conquistado – o Palio é o segundo em vendas, em condições de disputa da liderança de vendas com o VW Gol – e criar área para a chegada do Gran Punto, sucessor na Europa e aqui com ele conviverá. Outro atrativo, alguns mostradores digitais. Nas versões de entrada, permanece a linha atual, a versão 3A 1.8R, acertada para inspirar esportividade, virá em 2 e 4 portas. (Texto: Roberto Nasser / Fotos: Escapade> divulgação / Palio> Felipe Monteiro)
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