Advogados, em especial da área tributária, usam expressão latina interessante: prima facie. Traduz a impressão tida do objeto observado. Cariocas, mais práticos, diriam “tá na cara”.
O conceito veste muito bem a camioneta Grand Tour, irmã mais nova do Renault Mégane. Honesta e de princípios, não engana. É o tudo de bom que aparenta. Projeto feliz, bem construído, agrada nas linhas proporcionais, no estilo da lateral traseira e área envidraçada, induz familiar esportividade. É didática. Ensina que veículos, mesmo com motor 1.6 podem ser silenciosos, sem vibrações, ruídos, e de uso agradável.
Mme, la station
Perto dela as outras são peruas. É, desta turma, a melhor estilizada, mais refinada e equipada. Em estilo, poupou-se do óbvio esticar o teto do sedã Megane, mudando a parte superior das portas, lanternas, resultantes agradáveis aos olhos, funcional ao uso, aerodinâmico no andar. O processo construtivo não se corrompeu em economias bestas. Ao contrário, em tecnologia lidera a categoria com instalação elétrica multiplex de gerenciamento eletrônico de 240 informações ao mesmo tempo - câmbio, motor, tensão da direção, ABS, bolsas de ar (air bags).
Em segurança, idem. É a primeira da classe: duas almofadas de ar, duplo estágio, freios com ABS e seu administrador EBD. Tem versões de decoração e equipamentos. Motorização quatro cilindros, dianteiro, transversal, 16 válvulas. 1.6, flex, de 110 a 115 cv, gasolina ou álcool. Ou 2.0, a gasolina, 143 cv e amplo torque em baixa rotação. Transmissões: mecânica de 5 marchas no 1.6 e mecânica de 6 marchas ou automática com pré-percepção eletrônica a optar por uma das sete combinações oferecidas em função da maneira de quem o dirige. Bem recebe e abriga os passageiros. A boa aerodinâmica permite marcas de 12 km/litro com o motor 2 litros, câmbio automático, e de até 14 km/litro – de gasolina – para o 1.6 mecânico, e em estrada. A melhorar, o oferecimento da transmissão mecânica com 6 marchas à frente para melhor aproveitar o motor 1.6. Andando, é rápida, confortável, estável, tem excelentes freios a disco nas 4 rodas. Os engenheiros deram-lhe relação de marchas bem combinada com os motores, em especial o 1.6, que não parece tão pequeno. É agradável e mantém o didatismo pelas sensações. A Grand Tour tem este valor adicional: é a melhor referência do mercado para o seu porte, preço e pretensões.
Ao lançamento, a Coluna viu-a com dupla função: “como variável na linha e, por personalidade forte, atrair e deflagrar o reinício da carreira do sedã Mégane, bom, bonito, barato, dinamicamente competente, entretanto sem vendas proporcionais aos seus méritos dentre competidores - iguais ou inferiores. Superior, ninguém”. Acertou no raciocínio. De novembro para março, as vendas triplicaram. Prima facie, a Grand Tour Mégane é bonita e boa. Ou, está na cara.
60 anos sem Ford, 30 com Niva
Semana de ícones. Dia 7 marcou 60 anos do falecimento de Henry Ford. Criador da marca com seu nome e de conceitos de produção. Detém láureas incontestáveis: deu ao homem o poder da mobilidade; democratizou o uso do automóvel; quebrou paradigmas para transformar operário em consumidor; foi o primeiro a propor o desenvolvimento de auto-peças a partir de produtos agrícolas. Acima de tudo, foi o grande exemplo do rendimento criado por trabalho, e não por especulação.
Dia 5, Lada Niva 30 anos. Um Fiat 127 – base do nosso 147 – desenvolvido por engenheiros russos. Para quem não sabe, abriu o caminho do utilitário esportivo pequeno, leve, sem chassis. A alegada falta de qualidade era gerada pela enorme fila para adquiri-lo. Demanda maior que a produção, dispensava-a. Regra capitalista em pleno comunismo. É de se lamentar que seu importador, ao fugir, tenha deixado o veículo ao léu. O Niva seria o carro ideal para este país de renda baixa, muitos buracos, poucas estradas asfaltadas. Seus seguidores, Toyota RAV4, Honda CRV, EcoSport, Hyundai Tucson, Kia Sportage, aperfeiçoaram o conceito, implementaram luxo – sem conseguir copiar a valentia destes 1,8 M já produzidos. (Texto: Roberto Nasser) Fotos: divulgação
O conceito veste muito bem a camioneta Grand Tour, irmã mais nova do Renault Mégane. Honesta e de princípios, não engana. É o tudo de bom que aparenta. Projeto feliz, bem construído, agrada nas linhas proporcionais, no estilo da lateral traseira e área envidraçada, induz familiar esportividade. É didática. Ensina que veículos, mesmo com motor 1.6 podem ser silenciosos, sem vibrações, ruídos, e de uso agradável.
Mme, la station
Perto dela as outras são peruas. É, desta turma, a melhor estilizada, mais refinada e equipada. Em estilo, poupou-se do óbvio esticar o teto do sedã Megane, mudando a parte superior das portas, lanternas, resultantes agradáveis aos olhos, funcional ao uso, aerodinâmico no andar. O processo construtivo não se corrompeu em economias bestas. Ao contrário, em tecnologia lidera a categoria com instalação elétrica multiplex de gerenciamento eletrônico de 240 informações ao mesmo tempo - câmbio, motor, tensão da direção, ABS, bolsas de ar (air bags).
Em segurança, idem. É a primeira da classe: duas almofadas de ar, duplo estágio, freios com ABS e seu administrador EBD. Tem versões de decoração e equipamentos. Motorização quatro cilindros, dianteiro, transversal, 16 válvulas. 1.6, flex, de 110 a 115 cv, gasolina ou álcool. Ou 2.0, a gasolina, 143 cv e amplo torque em baixa rotação. Transmissões: mecânica de 5 marchas no 1.6 e mecânica de 6 marchas ou automática com pré-percepção eletrônica a optar por uma das sete combinações oferecidas em função da maneira de quem o dirige. Bem recebe e abriga os passageiros. A boa aerodinâmica permite marcas de 12 km/litro com o motor 2 litros, câmbio automático, e de até 14 km/litro – de gasolina – para o 1.6 mecânico, e em estrada. A melhorar, o oferecimento da transmissão mecânica com 6 marchas à frente para melhor aproveitar o motor 1.6. Andando, é rápida, confortável, estável, tem excelentes freios a disco nas 4 rodas. Os engenheiros deram-lhe relação de marchas bem combinada com os motores, em especial o 1.6, que não parece tão pequeno. É agradável e mantém o didatismo pelas sensações. A Grand Tour tem este valor adicional: é a melhor referência do mercado para o seu porte, preço e pretensões.
Ao lançamento, a Coluna viu-a com dupla função: “como variável na linha e, por personalidade forte, atrair e deflagrar o reinício da carreira do sedã Mégane, bom, bonito, barato, dinamicamente competente, entretanto sem vendas proporcionais aos seus méritos dentre competidores - iguais ou inferiores. Superior, ninguém”. Acertou no raciocínio. De novembro para março, as vendas triplicaram. Prima facie, a Grand Tour Mégane é bonita e boa. Ou, está na cara.
60 anos sem Ford, 30 com Niva
Semana de ícones. Dia 7 marcou 60 anos do falecimento de Henry Ford. Criador da marca com seu nome e de conceitos de produção. Detém láureas incontestáveis: deu ao homem o poder da mobilidade; democratizou o uso do automóvel; quebrou paradigmas para transformar operário em consumidor; foi o primeiro a propor o desenvolvimento de auto-peças a partir de produtos agrícolas. Acima de tudo, foi o grande exemplo do rendimento criado por trabalho, e não por especulação.
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