sexta-feira, agosto 31, 2007

Tá a fim de um carro zero?


A Ford promove nesta sexta, sábado e domingo (31 de agosto a 2 de setembro) um novo Feirão 36 Horas. A Rede de Distribuidores Ford estará aberta nesses três dias das 8 às 20h para receber os consumidores interessados na compra de um carro novo. De acordo com a marca, o grande diferencial da promoção é o plano exclusivo de financiamento em 84 meses, com entrada a partir de R$1.000,00 e carência de 120 dias para o pagamento da primeira parcela que, com isso, tem seu vencimento no mês do Natal. Essas condições são válidas para todos os modelos de automóveis, utilitários e picapes da marca, que contam ainda com preços especiais.
O Ford Fiesta Hatch 1.0 L Flex (catálogo 10H0), por exemplo, tem preço à vista de R$28.490,00 e pode ser comprado com uma entrada de R$12.861,00 e 84 parcelas de R$349,00, incluindo carência de 120 dias para a primeira prestação. (AF/RAPI) Foto: divulgação

quinta-feira, agosto 30, 2007

Roda-a-roda do NASSER (30 AGO 2007)


Pequenos matam – Artigo do jornalista norte-americano James Heley, do US Today, bota fogo na discussão sobre tamanho de veículos, segurança e emissões poluentes. Depois da fase de execração dos picapes grandes e utilitários esportivos, como perigosos pela extensão dos danos em acidentes, consumo e emissões, o especialista em automóveis lança dúvida no cenário: carro pequeno expõe muito mais os usuários. E questiona: vale a pena economizar uns trocados pelo risco de danos físicos e morte? Aqui, a República dos Quatro Cilindros, não dá opção.
Dedo duro – Observando usuários reduzindo consumo de veículos pela visualização do gasto instantâneo, a Nissan adotará este indicativo na maioria de seus produtos feitos nos EUA. Faz parte do esforço da marca para redução de emissões. Sem previsão de uso desta tecnologia no Brasil.
Com calma – Especialista indiano, falando no XII Congresso da Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos, garantiu: produtos de seu país somente entrarão no mercado brasileiro de braços dados com montadoras estabelecidas aqui. Não há meio de competir em preços enfrentando a inexplicável barreira alfandegária de 35%.
Aviso – Dia 10 o chefão da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, falará do Salão de Frankfurt, Alemanha, a respeito dos projetos da empresa. Apresentará novos produtos, com ênfase no Laguna, pretendido como Mercedes francês, e dará caminhos da empresa. Aqui, Jérôme Stoll, presidente, dará cores locais à fala.
Siena – Instigada pela demanda por sua versão Tetra Fuel, a Fiat corre a lançar nova geração do Siena. Segunda quinzena de outubro.
Depois – Em seguida, apresentação do novo Ford EcoSport.
Fênix? – Paulo Lemos, empresário de Três Lagoas (MS), assumiu os direitos de uso marca Gurgel que estavam sem renovação. Depois, comprou moldes do jipe X12 TR. Quer relançá-lo com motor VW 1.4, flex, refrigerado por água, traseiro. Tipo solução Kombi. Diz ter 300 encomendas.
Gurgel? – Reedição do mito? Releitura da lenda? Chamasse Lemos X12 seria mais adequado. O produto Gurgel está atrelado ao nome e ao mito criado pelo Engº João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. O mito foi-se junto com o espírito aguçado do empreendedor. O sucessor apenas copia formas e uns ferros importantes. Sem alma, é apenas um travesti. Muda o nome seu Lemos!
Registro - 26 de agosto marcou 50 anos do início da produção de caminhões Ford no Brasil com o F 600, para então sensíveis e hoje modestas 6,5 t. Utilizava motor V8, de 4.500 cm3 e 161 hp, logo também produzido no país. Foi o primeiro caminhão brasileiro a gasolina, e logo mostrou sua disposição, viajando para locais sem ligação, como Rondônia. Deixou marca na Belém-Brasília, por onde também circulou antes da inauguração. Lá, a Serra do Roquete, referencia seu motor.
Antigos – De 6 a 9 de setembro, no Forte Copacabana, Rio, XVIII Encontro de Veículos Antigos, promovido pelo Veteran Car Club do Rio de Janeiro. Belíssima e insólita vista da Baía de Guanabara. Organização flexível, permite automóveis com 25 anos de fabricação. A lei nacional, conquista do setor, define antigo, os com mais de 30. Informações, secretaria@veteran.com.br

Gente – Galdino Vieira, o Dino, 74, biólogo, nas horas vagas pianista e caçador profissional, passou. Brilhante, iluminado, raciocínio ultra-rápido, enzima de conversas inteligentes, trocou a biologia pela interpretação do mundo. Na Ford criou o Instituto Ford de Marketing, e foi diretor e depois consultor de inúmeras poderosas do setor. Leva monumental bagagem de informações. Fonte da Coluna, antecipou o fechamento das fábricas Chrysler no Brasil e Argentina, após descrever reunião entre dirigentes e acionistas. Acertou em cheio o erro da DaimlerChrysler. Perda. OOOO José Antonio Fernandes Martins, engenheiro mecânico, vice-presidente da Marcopolo, condecorado pela NTU, associação de transporte urbano. Martins é uma das ferramentas do êxito interno e da internacionalização da Marcopolo, hoje na Argentina, Colômbia, México, Portugal, África do Sul, e associações na Rússia e Índia. OOOO Carlos Alberto Menezes Direito, 64, jurista, indicado pelo presidente Lula a ministro do Supremo Tribunal Federal, em corrida nunca antes vista. Ligações com a Coluna? Pai e irmão participaram durante muito tempo do setor. Primeiro, na Importadora de Ferragens, representante GM, e depois, Chrysler. OOOO

Freando danos e acidentes


A Robert Bosch, maior produtora de tecnologia automobilística, iniciou construir sistemas de freios ABS no Brasil. Implantou unidade especial, com laboratório e fábrica em Campinas (SP). Aplicou R$ 25 milhões e quer produzir iniciais 250 mil unidades anuais para fornecimento às montadoras locais e Mercosul. Muito mais que a notícia, o desenvolvimento industrial, contratação de pessoal, faturamento e impostos, o iniciar fazer o sistema anti-bloqueio dos freios, é um marco para o País. Ultrapassa os limites em torno do automóvel, e entra no campo de interesse de toda a população. Pode gerar fantástica economia de recursos públicos, formados pelo meu, pelo seu, pelo nosso dinheiro.

O ABS impede o bloqueio das rodas na frenagem, permitindo desvios de trajetória. No processo, reduz as distâncias para parar e acidentes. Na prática, faz cair os danos físicos, as mortes, as perdas materiais, os gastos hospitalares, os previdenciários. O Brasil não tem dados corretos sobre o custo dos acidentes. Mas a Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade de São Paulo, que monitora estes eventos 24 horas por dia define, apenas na capital paulista, serem gastos R$ 1 Bilhão de recursos municipais como conseqüência dos danos materiais e pessoais. Reduzir acidentes não depende apenas de trilhar o caminho da Bosch. O ABS e seus derivados, o EBD, administrador de freadas e o programa de estabilidade, serão ferramentas de valia, mas há necessidade de outras ações. Desde as montadoras oferecer os sistemas desatrelados de itens de conforto; à disponibilidade dos carros assim equipados nos concessionários; preços atrativos. O governo federal tem que se mexer. O Código Brasileiro de Trânsito, no próximo mês comemorando uma década, previa a exigência da Inspeção de Segurança Veicular. Tal vistoria seria um filtro de qualidade à frota circulante. (Roberto Nasser/RAPI) Foto: divulgação

Foi-se o criador do Alpine




Gênio sedutor. Talvez seja esta a melhor definição para Jean Rédélé, criador da marca e dos esportivos Alpine, responsável por apresentar ao cenário das corridas de automóvel uma Renault tornada estatal. Nascido em 1922, formado em Altos Estudos de Comércio, foi instigado pela Renault, emergindo das cinzas, a reabrir a revenda de sua família, em igual estado. Rédélé topou, aproveitando o lançamento do 4CV para prepará-lo, correr e vencer. Grande gestor, reuniu em torno de si gente que gostava do que fazia e os resultados obtidos surpreenderam o mundo esportivo. Daí, o insólito, uma carroceria em alumínio e, em seguida, um pequeno GT, encarroçado na Itália por Serafino Alemano. Corajoso, foi atrás de material mais leve, naquele tempo pouco conhecido e aplicado, a fibra de vidro. Atrevido, encomendou um desenho a outro italiano, Michelotti e, mais atrevido, modificou o desenho da proposta, melhorando-a. Nascia o Alpine A 108, quase um carro globalizado, fabricado no Brasil, Espanha, México e Bulgária. O Alpine 108 evoluiu para 110 e assinalou conquistas como temporadas mundiais de rallyes. Migrou para as fórmulas, para as corridas de resistência, como as 24 Horas de Le Mans, foi à Fórmula 1, representante da Renault e da França, com sua cor oficial o Bleu Français.
A Renault se entusiasmou, tornou-se sócia da Alpine e depois controladora. Rédélé se afastou e foi tocar sua revenda, expandida para três negócios. Seu passamento, após longa enfermidade cuidada por um batalhão de fiéis amigos, motivou pronunciamentos de Carlos Ghosn, presidente da Renault-Nissan, e do primeiro ministro francês, que o saudou como o grande cavaleiro da história épica do automobilismo francês. Líder, Rédélé deixou larga fila de amigos e ex-colaboradores, reunidos em movimentada associação. Distribui informações, promove eventos, e geriu movimento para que em Dieppe, sua cidade natal, a prefeitura criasse uma Rua Jean Rédélé. Na Renault, como a Coluna informou anteriormente, há uma tendência à volta da marca em um esportivo de média cilindrada.




Caminho para o futuro
Indústria automobilística é negócio tão grande quanto charmoso e arriscado. O universo de compradores está praticamente saturado; os veículos duram cada vez mais; as exigências de emissões e segurança aumentam os custos; a concorrência provoca compressão de margens de lucro. Equação de muitas variáveis, motiva enfraquecimento, prejuízos, fusões ou fechamentos.
A Renault é exemplo positivo no setor. Era empresa pública e foi privatizada; renovou produtos; reduziu custos por renegociação ou comunização de peças; deu lucro; valorizou suas ações; fez enorme reserva; e esticou os passos a mercados com sinais de positivo futuro, como o leste europeu e América do Sul. Fez mudança arriscada, adquirindo a Nissan em monumental prejuízo; saneou-a em prazo e exemplo recordes; e gera expansão e lucros. Bancou corajosamente passo inovador: a criação e construção de um carro projetado industrialmente para ser grande com preço pequeno, o Logan. Agora inicia novo caminho de posicionamento: ser reconhecida por qualidade; ver seu produto mais elevado, o Laguna, ser considerado ao nível de referência dos melhores europeus. Como um Mercedes. Semana próxima apresenta-lo-á em Frankfurt, junto com outros produtos, e o desdobramento das ações para aumentar participação de vendas e expansão de lucros. (Roberto Nasser/RAPI) Fotos: divulgação

ACELERANDO com Fábio Amorim (30 AGO 2007)

ACESSIBILIDADE AO SONHO


Há quem compre um carro porque isso representa apenas o fato de se tornar independente em relação à locomoção. Carros podem ser meros meios de transporte, via de sustento da família, objeto de coleção e também a representação de um sonho. Em nossa capa de hoje um Mercedes-Benz. O mais desejado de todos os mortais materialistas. Esse veículo ´de entrada´ da marca é o mais barato, digo, menos caro de todos. No Brasil, custa em torno de R$162.500,00 e traz em sua alma, tudo aquilo de bom que a tecnologia pode oferecer. Não diria que ele representa a popularização da jóia germânica, pois isso não aconteceu nem com a extinta Classe A, que era ainda mais espartana e barata em relação ao Classe C200 Kompressor, esmiuçado em test-drive para o seu deleite.
Não sei se Mercedes, Ford ou Volkswagen você pretende comprar, só sei que, acompanhando o rolo compressor que move o mercado mundial automotivo, as condições de compra e venda (principalmente no Brasil) estão mais atrativas que nunca. Há financiamentos que oferecem uma via de até 80 meses! Claro, a melhor maneira ainda é aquela que os vovôs espertos praticavam, ou seja, comprar à vista ainda é o melhor negócio. Não pode? Observe as taxas dos consórcios (melhores que as dos financiamentos) e, se és corajoso(a), vá de moto aos compromissos. Econômicas, práticas e versáteis, são ótimas, no entanto, perigosas. Há de ser ter cuidado, pois a vida é somente uma.
Esquentando os tamborins, Felipe Massa repetiu a dose na Turquia e venceu mais um GP de Istambul. A briga pelo título da Fórmula 1 2007 ainda está aberta, é lógico, pois restam cinco etapas para o encerramento do campeonato, só que, pela constância dos bólidos e ausência de quebra, principalmente da McLaren, onde correm Hamilton e Alonso (primeiro e segundo colocados nos pontos, respectivamente), muito provavelmente o título será de um desses dois. Raikkonen e Massa ainda terão que esperar um pouco mais. Penso que Alonso ganha a briga, pela experiência e, acredito que a decisão será no GP Brasil, em outubro lá em Interlagos.
Em mãos, mais uma edição da Gazeta Automóvel, quentinha e cheia de novidades, indo de Frankfurt à Turquia num piscar d´olhos!

Boa leitura!
Fábio Amorim é editor da Gazeta Automóvel (Gazeta de Alagoas)

GPS (30 AGO 2007)

Novo no cargo - O jornalista Marco Piquini assumiu a recém-criada Diretoria de Comunicação e Marketing da Iveco Latin America, com responsabilidade sobre a comunicação interna e externa, RP, publicidade e promoções, eventos e responsabilidade social da montadora de caminhões. Com mais de uma década de atuação nas empresas do Grupo Fiat no País, ele ainda acumula a gerência de comunicação da holding Fiat do Brasil.
E por aqui: quando? - A Federação Paranaense de Automobilismo (FPRA) completou 46 anos ontem. Fundada no dia 29 de agosto de 1961, a entidade que administra o esporte motor no Paraná é hoje uma das mais atuantes do Brasil. Desde os primeiros passos, o automobilismo paranaense se caracterizou pelo espírito de pioneirismo, revelando pilotos, notabilizando-se por novas praças esportivas e criando novas categorias. Foi no Paraná que nasceram categorias que hoje são destaques do automobilismo brasileiro como a Fórmula Truck, Pick-up Racing, Arrancadão de Tratores e Cadete (no kart).
Requisitado – Após passar uma longa fase na revenda Fiat Blumare firmando o seu nome como um dos mais hábeis vendedores de carros de Alagoas e com uma breve passagem pela renomada VW Importadora Auto-Peças, o jovem executivo Diogo Dâmaso retorna ao grupo assumindo uma das cadeiras cativas na nova concessionária Ford, Laguna Veículos.
No barro – Gostas de acelerar e ver a poeira subir? Anote: Campeonato Brasileiro de 4X4 (Circuito de velocidade de Salvador – Bahia), dia 9 de setembro. Categorias: diesel, jeep, força livre, picapes, protótipos. Maiores informações pelo fone (71) 3321 4949 ou www.fabnet.com.br
Ampliação - Com o objetivo de melhorar o atendimento ao cliente Fiat, a Central de Relacionamento Fiat aumentou em três horas diárias o seu funcionamento, que agora é de 7 às 22h, de segunda a sexta-feira, e de 7 às 18h, aos sábados. O novo horário amplia em 25% a disponibilidade de atendimento do telefone 0800-707-1000. Tens um Fiat? Qualquer dúvida, ligue.
SAE Brasil - Marcos de Oliveira, presidente da Ford, fará a palestra de abertura do Simpósio SAE BRASIL Tendências na Indústria Automobilística, no dia 3 de setembro, em São Paulo, no WTC Hotel (avenida Nações Unidas, 12.559). O executivo apresentará o ponto de vista da montadora sobre os novos cenários para a indústria automobilística global e também para o Brasil, que se prepara para bater novos recordes históricos de produção e vendas este ano. (RAPI) Foto: divulgação

Test-drive - Nova Classe C chega mais potente e segura


Mercedes-Benz de ´entrada´ oferece ótimo nível tecnológico e 184 hp de muita emoção

Para a maioria das pessoas, um automóvel sempre será apenas um meio de transporte. Para outros, um objeto de desejo. O universo da marca Mercedes-Benz, desde o início de sua fundação sempre manteve o foco na diferenciação da qualidade e, por conta disso, por investir tanto em conforto e durabilidade (muitos Mercedes de passeio chegam a rodar 1 milhão de quilômetros sem necessitar de retífica no motor), esse produto alemão tornou-se caro, por tudo aquilo que oferece.
Um dos detalhes que fazem dessa marca a mais famosa do planeta é o seu símbolo: a estrelinha de 3 pontas que ornamenta o capô e enche de orgulho o ego do proprietário. No entanto, esse ´souvenir´ metálico, sinônimo de status, não existe nos carros mais potentes da marca, como os Mercedes CL, SLR e SLK. Na tentativa de abocanhar mais vendas, a fábrica germânica, há 25 anos, decidiu começar a construir sedãs menores que 5 metros e, portanto, mais baratos. Conseguiu o que queria, pois, milhões de pessoas no mundo inteiro conquistaram o tão sonhado veículo de preço mais acessível.
Num rápido test-drive, andamos na nova geração da Classe C, mais precisamente no modelo C200 Kompressor Classic, veículo ´de entrada´ da marca (se é que existe isso em relação a um Mercedes...) comercializado atualmente no Brasil por R$162.500,00. Conheça o seu comportamento.

Força
Em baixa ou alta velocidade, existe nos Mercedes uma característica bem marcante: eles são fáceis de se domar, mas, se requisitados para um trabalho árduo, devolvem uma ferocidade inigualável. Tudo isso sem grandes escândalos. Para entender melhor, veja esse exemplo. O C200 Kompressor tem sob o seu capô apenas um motor de 1.796 cilindradas (1.8 litro de 4 cilindros), só que o desempenho torna-se marcante a partir do momento em que se consegue extrair 184 hp de potência de um propulsor médio como este. Ou seja, cada cavalo de força tem a missão de carregar somente 10,7kg. O carro pesa 1.975kg no total. Boa relação peso-potência, portanto. Apesar de tanta velocidade, aos 220 km/h têm-se um veículo estável em mãos, mas, boa equação dá-se aos 140km/h em ótima velocidade de cruzeiro, com sensação muito abaixo da mostrada no velocímetro ou aos 40 por hora, em desfile curtindo a máquina devagarzinho...

Conforto
Muito bem acabado, o C200 K Classic oferece detalhes em couro e madeira escurecida. Os bancos possuem algumas regulagens elétricas, e, como de praxe, a ergonomia é algo primoroso na marca. Vidros, travas, portas e teto solar têm acionamento elétrico, assim como o porta-malas, também. Para quem quer fugir um pouco do estilo clássico, há o C200 K Avantgard (R$179.900,00), que não ostenta a estrelinha no capô (e sim ampliada e incorporada à grade frontal), mas oferece outros mimos, como rodas maiores e uns poucos detalhes a mais, como uma dose extra de esportividade em alumínio no interior, por exemplo.

Segurança

Mesmo sendo o modelo mais acessível da Mercedes-Benz, o C200 K Classic é completíssimo. Seu ar-condicionado é digital, o sistema de som é quase perfeito (com elegantes detalhes retrô no rádio/CD Player) e em sua essência oferece tudo o que há de mais moderno em termos de segurança: controle de tração (ASR), freios ABS, air bags para os 5 passageiros, câmbio automático seqüencial de 5 velocidades, Agility Control (sistema que controla a dureza dos amortecedores automaticamente, adaptando-os à velocidade do carro), volante com controles integrados e painel com vários recursos tecnológicos que controlam ou exibem muitos detalhes de bordo, como som, telefonia celular, entre outros. O seu computador central expressa tudo nos mínimos detalhes, até a pressão dos pneus... Percebeu porque ele custa o equivalente a 8 carros populares?

Resumindo esse conto de fadas que durou menos de três dias e quase 600 quilômetros rodados, o C200 K Classic não é um sonho em miniatura, e sim uma realidade interessantíssima para quem deseja ingressar na marca mais cobiçada do mundo automotivo. Dono de forte personalidade, bonitas linhas e porte elegante, ele se encontra num patamar diferenciado, ou seja, claramente não tem a força do seu irmão mais velho (o indefectível E350 de 6 cilindros), mas, como comentei no início da matéria, oferece no pacote um nível respeitável de conforto e tecnologia e, de quebra, a tal da estrelinha de 3 pontas que tanto fascina até aos mais desapegados ao mundo material. (Bruno Lucarini/RAPI) Foto: divulgação

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (30 AGO 2007)


Milton Pimentel Pradines Filho, jornalista, MBA em Marketing pela Getúlio Vargas, mestrando em sociologia pela Ufal, gerente de marketing do Sesi, consultor, coordenador do curso de publicidade e propaganda da FAA, é o nosso ilustre leitor homenageado da semana.

VOCÊ GOSTA DE CARRO, OU PARA VOCÊ ISTO É APENAS UM MEIO DE TRANSPORTE? “Confesso que não sou um cara apegado a carros, mas, sim, gosto de alguns automóveis”
QUAL SERIA O CARRO DOS SEUS SONHOS? “Um grande SUV (sport utility vehicle), como o BMW X5, o Land Rover Discovery ou o VW Touareg. Esses aliam conforto à potência”
QUAL O SEU CARRO INESQUECÍVEL? “O meu primeiro, um Uno Mille!”
O QUE DETESTA NO TRÂNSITO? “Basicamente, engarrafamento. E também a falta de educação das pessoas”
CARRO INESQUECÍVEL DA FAMÍLIA: “Um Santana prata que meu pai teve. Era com ele que eu andava quando chegava do Rio de Janeiro em férias”
SITUAÇÃO INESQUECÍVEL A BORDO DE UM CARRO: “Acho que passei por duas. A primeira foi uma capotagem que sofri com uns amigos, voltando de Cabo Frio (RJ). Depois de virar o carro, viemos com ele todo quebrado até chegar em Laranjeiras! E a outra foi assistir ao GP Brasil no Rio de Janeiro vendo o piloto Keke Rosberg guiar o inesquecível F1 Copersucar!”
MÚSICA BOA PARA DIRIGIR: “No carro eu escuto muita coisa, mas gosto muito de guitarras, de Eric Clapton, Santana... Também escuto Tom Jobim, João Gilberto, Alicia Key, Marisa Monte e ultimamente tenho escutado um pouquinho de Marcos Suzano e Compay II”
HOBBY: “Ficar com minha mulher e meus filhos, ler, cuidar das plantas e assistir televisão”
ÍDOLO: “Meu pai, uma figura que é referência para mim. Graciliano Ramos, um grande alagoano. E Emerson Fittipaldi, porque venceu na Fórmula 1 e na Indy, porque teve coragem de fazer o Copersucar e por ser o pioneiro no automobilismo. Acho que ele foi um piloto completo”
MARCA DE CARRO QUE ADMIRA: “Gosto da BMW, Land Rover e ultimamente tenho simpatizado muito pelos carros da Nissan”
COMIDA PREDILETA: “Toda comida que é bem feita. Carnes, massas, frutos do mar, comida brasileira, feijão, arroz e batata frita...”
MEU PRÓXIMO CARRO SERÁ... “Atualmente tenho um VW Polo, e, apesar de ter achado o Fiat Punto muito bonito, o próximo será um Nissan Sentra ou um Honda New Civic”
VIAGEM DA BOA LEMBRANÇA: “Em 1989 andei cerca de 30 mil quilômetros na Europa a bordo de um Peugeot. Saí da França, passei pela Espanha, Alemanha, Suíça, Itália e outros países. E, quando criança, numa viagem familiar com meus pais e irmãos, fui de Variant de Maceió até a Argentina, Uruguai e Paraguai!”
FRASE PREDILETA: “O homem é do tamanho dos seus sonhos”

Citroën retorna à charmosa Avenue des Champs Elysées


Nova vitrine da marca francesa, batizada de C42, será inaugurada no próximo dia 27 de setembro

Propriedade da marca desde 1928, o número 42 da Avenida Champs Elysées retomará, com sua nova arquitetura, sua vocação inicial: ser a vitrine internacional da Citroën. A abertura do C42 testemunha a dinâmica da Citroën e celebra seu retorno à famosa avenida. Símbolo da ligação estreita entre a marca dos chevrons e a elegante e charmosa via parisiense, o nome, C42, foi escolhido naturalmente: “C” de Citroën e 42 como o número do próprio prédio.

Revolução arquitetônica
Escolhido pela Citroën, depois de um concurso internacional, o projeto do C42 foi concebido e desenvolvido por Manuelle Gautrand, destaque de uma nova geração de arquitetos. Ele criou para a Citroën “um envelope totalmente transparente com o vôo dos chevrons na fachada”, traduzindo o espírito de criatividade e de inovação próprios da marca.
Projeto ambicioso por sua arquitetura inovadora, mas também porque se trata da primeira construção na avenida Champs Elysées desde 1975, esta vitrine de nova geração será um local de partilha e de trocas em torno do universo Citroën. As exposições apresentadas ilustrarão a história da marca, sua atualidade e sustentarão a visão da Citroën sobre o futuro do automóvel. O C42 abrirá suas portas ao público a partir de 29 de setembro próximo. (AC/RAPI) Foto: divulgação

Frankfurt 2007 - Ford antecipa futuro em novo carro conceito


Verve Concept mostra como será o direcionamento do design dos compactos da marca

O Ford Verve Concept é uma das atrações da Ford na edição de 2007 do Salão de Frankfurt, a maior feira mundial de veículos, realizada na Alemanha, de 13 a 23 de setembro. Antecipando as linhas da tendência de design da Ford para os seus futuros automóveis compactos, o Verve é um carro conceito impactante com cores vibrantes, inspirado no mundo da moda e dos cosméticos. Representando uma evidência prática de como seria os modelos-futuro de um automóvel Ford com dimensões compactas, este veículo-conceito foi projetado pelo braço europeu de desenvolvimento de produtos globais da Ford com o objetivo de propor um novo portfólio, em termos de engenharia e design, de carros pequenos para os principais mercados mundiais. O Ford Verve Concept é o primeiro de três protótipos que serão apresentados em várias regiões da Europa, Ásia e América do Norte. (AF/RAPI) Foto: divulgação

Som - Clarion DRZ 9255 esbanja recursos


Modelo traz boa e profissional qualidade sonora para instalação automotiva

Segundo opinião da Clarion, tradicional fabricante de som automotivo, o modelo DRZ 9255 já é sucesso junto ao público que gosta de som de alta qualidade. O produto, cheio de tecnologia, segundo a marca, está entre os melhores CD players do mercado. Dono de um design elegante possui painel frontal “die-cast” de zinco, e seu chassi em cobre, auxilia no isolamento de ruídos externos que deterioram o som. Para o DRZ 9255 foi desenvolvido o primeiro circuito de volume eletrônico do mundo com passos de 0,5dB, um ajuste preciso para os melhores ouvidos. Os cabos são de cobre livre de oxigênio banhados em prata com terminais de conexão em ouro para minimizar a perda de sinal - componentes necessários para a precisão da reprodução fiel do som. O preço sugerido pelo fabricante ao consumidor é de R$ 3.999,00 (OA/RAPI) Foto: divulgação

domingo, agosto 26, 2007

Roda-a-roda do NASSER (23 AGO 2007)




História – Ao final da 2ª Guerra Mundial, as três grandes, GM, Ford e Chrysler, controlavam 75% das vendas domésticas nos EUA. Uma vintena de marcas dividia o quarto restante. Dizimaram a concorrência. Hoje, mudou tudo: têm 48,1%. Os estrangeiros se instalaram no país e vendem mais.
Argumento – Saindo da sociedade com a Mercedes, os produtos Chrysler, Dodge e Jeep, querem mostrar que a separação não compromete a qualidade. Pelo contrário. Anunciam garantia vida eterna para motor, transmissão e direção de seus veículos. Basta revisar a cada 5 anos em revendedor da marca. Válido apenas para o primeiro dono, vendeu, perdeu. É conta de percentuais.
Mercado – Em junho e julho os novos Mercedes-Benz Classe C venderam 62% dos carros da marca e 366 tem novos donos. Assim, a Mercedes lidera o segmento luxo. O mais vendido é o sedã C 200 Kompressor Avantgarde. Documenta o acerto em dar aparência menos careta a algumas versões, para conquistar clientes mais jovens.
Lá - O mercado argentino consumiu 55 mil veículos em julho, recorde em sua história. Neste ano querem cravar o recorde de 500 mil vendas. A América Latina está de pé embaixo, recordista em vendas em 2007.
Biodiesel – Em janeiro será o diesel terá 2% de óleos vegetais. O governo federal quer antecipar a 2010 a adição de 5%, prevista para 2013. E? - O governo é historicamente alheio. Não testa para saber conseqüências mecânicas do biodiesel nos motores. Deixou por conta dos fabricantes de veículos e motores. Se houver problemas, como ocorreu pela adição de gasolina ao diesel, e álcool à gasolina, azar do eleitor.
Performance - Levantamento da revista Exame, indica as 500 Melhores e Maiores empresas do país. No tema da Coluna, a BR Distribuidora é a 2ª, atrás da Petrobrás, 4ª. Subindo, a Ipiranga. Caindo para 5ª posição, a Volkswagen. GM manteve o nono degrau; Shell caiu para a 10ª e Fiat subiu para a 11ª. Chevron, controlando a Texaco, subiu dois lugares, com o 14º. Ford deu o maior salto: de 36ª em 2005, é a 16ª. DaimlerChrysler em 25º, Moto Honda 46ª. e Toyota 50ª.
Moto – Mais nova das fabricantes de motocicletas, a Kasinski linha 2008 mudou o grafismo, incorpora novidades, mantém o preço. Destaque, Comet 250, quadro e aros em preto, e ar mais esportivo, adequado ao motor V2 e 32,5 cv a 10.000 rpm. Na Mirage Premier 250, nova decoração no tanque e carenagem, em proposta de luxo. Baixa cilindrada, zona de fogo do mercado, Seta 125 faz 11,5 cv, e Flash 150, 12,5 cv. Base, a Win 110, mantém-se por eficiência e baixo custo. Com design limpo, como as outras, tem refinamentos ao uso: partida elétrica, freio a disco frontal, mostrador digital de marchas, indicador de combustível.
Enfim - Reduzir danos pessoais, materiais, salvar vidas. O meio ambiente começa novo caminho no Brasil, dia 29, quando a Robert Bosch América Latina inicia produzir Sistemas de Antibloqueio de Frenagem (ABS - Antilock Brake System) no Brasil. A produção, em Campinas (SP) fornecerá às montadoras no Mercosul. O sistema é o mesmo adotado nos EUA, Europa e Japão, de 8ª geração.
Livro – Franco Cipolla, 25, argentino, surpreende ao lançar “Ford, La verdadera historia”. Um resumo da saga da grande montadora, rica em dados dos fundadores, cenários de mercados, engenharia, e um capítulo sobre a empresa na Argentina e seus produtos. Iniciativa particular, com certeza a mais completa já realizada na América Latina. Cipolla é o autor da excelente e imbatível história da IKA – a Willys argentina – em seu país. Em espanhol e vendas diretas com o autor em fhc_ika@hotmail.com.
Ecologia – Baixar 60% do volume de lodo gerado em sua estação de efluentes, deu à Dana Indústrias o Prêmio Febramec Meio Ambiente. Em fábrica em Gravataí, RS, obteve outra conquista ambiental importante: desativou aterro de resíduos, tratando-o alternativamente por agente vegetal.
Antigos – Focando em qualidade de atendimento a interessados em veículos antigos como lazer ou investimento, a Private Collections iniciou operar loja fechada ao público, visitas agendadas, veículos selecionados. Dá certo. Em dois anos, Ricardo Robertoni, ex-diretor de banco revisando este tipo de negócio, inaugurou 2 filiais. Agora, na Av.Cidade Jardim. Vai a São Paulo? Quer assuntar? (11) 3361-4900 ou www.privatecollections.com.brGente – Pacífico Mascarenhas, 70, antigomobilista e compositor, homenageado pelos músicos Clif Norman (EUA) e Jorge Cutello (Argentina) no Festival Tudo é Jazz, dia 15 de setembro, no palco Largo do Rosário, em Belo Horizonte. OOOO Luiz Carlos Secco, 72, jornalista, referência de qualidade pessoal e profissional, em recuperação positiva. Cirurgia. OOOO

E o V8 faz 75 anos


Agosto festeja 75 anos do motor Ford V8. Une hot rods, a Ford Motor Company e o mais elegante dos encontros de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’ Elegance. Hot Rods são desenvolvidos sobre carros antigos, a maioria inspirada no Ford B, de 1932, e seu motor oito cilindros em “V”. Ícones foram incluídos no certame de elegância para veículos originais.
Carro e motor são importantes na história do automóvel, ao exibir zelo com design e democratizar os V8. Era simples, em ferro fundido, comando e válvulas no bloco.A democracia vinha da simplicidade do projeto e seu fazer, fundido em peça única, baixo custo, grande resistência, muita disposição. Era o objetivo de Henry Ford. Performance superior aos seis cilindros dos Chevrolet, súbito competidor em sua liderança, garantindo preço baixo. Conseguiu. O V8 custava apenas US$ 50 acima do motor de 4 cilindros mantido em produção no mesmo ano. O V8 Ford e sua tecnologia provocaram surgir incontável número de preparadores e fabricantes de equipamentos para corridas; criação dos hot rods; fomentou corridas; desenvolvimento de tecnologia durante e após seus 21 anos de produção. E foi a única obra conjunta dos Ford Henry e Edsel, pai e filho. Edsel foi o responsável pelo estilo do Ford B, marcando o design como elemento funcional e promotor de vendas. (Roberto Nasser/RAPI) Foto: divulgação

Leilão recordista. O fator McQueen


“A venda do Ferrari Lusso 1963 de Steve McQueen excedeu nossas expectativas mais otimistas, confirmando sua imagem de um dos mais populares ícones de nosso tempo”, assim disse Christopher Sanger, diretor de vendas de veículos, Christie’s America.
Quem foi ao leilão promovido pela inglesa, especializada e secular casa Christie’s em sua filial norte-americana no último final de semana, guardará as imagens e o cenário da hasta com imbatível carga emocional. Tudo combinou. O local, o Monterey Jet Center, aeroporto para jatos executivos na península californiana de Carmel, endereço dos famosos. O programa, integrando as festividades do monumental fim de semana para adeptos do antigomobilismo, o Pebble Beach Concours d’Elegance. E o automóvel, a berlinetta Ferrari Lusso de 1963, azul-marinho, pintura sólida, estofada em couro bege, rodas raiadas Borrani, pouquíssimo rodada, nunca restaurada, há pouco tempo vendida pelos herdeiros a colecionador europeu. Foi um dos automóveis mais apreciados, uso pessoal do ator. McQueen, sempre representando personagens marcantes e independentes, conduzindo veículos em situação de perigo, estrelou Stalag 17; 24 Horas de Le Mans; Crown, o Magnífico – onde era conduzido num Rolls-Royce, e o imbatível Bullitt, de 1967, na maior perseguição automobilística da história do cinema. Estilo pessoal, seu culto nos EUA, é como “o último homem da pradaria”. Em resumo, tanto por ambiência quanto pelo veículo e procedência, não seria uma venda fria e profissional. Não foi. Houve o que pode chamar de Fator McQueen. Oitocentas pessoas presentes armaram uma algaravia digna do mercado de Istambul. Gritos, palmas, apitos, brindes, entusiasmo nunca esperado em tal volume. O resultado foi proporcional. Como em todo leilão norte-americano, exigência legal, o leiloeiro se obriga a fazer previsão dos valores entre os quais a venda ocorrerá. É parâmetro profissional, usualmente balizando o preço final. No caso do Ferrari McQueen, superou a projeção em quase 100%. Numa renhida disputa de lances entre presentes, e oferecidos por telefone, atingiu-se US$2.310,000, uns R$ 4.600.000 - quase o dobro do máximo de US$1.200.000 balizado como máximo pela Christie’s. Ganhou, pelo telefone, comprador que não quis se identificar. O clima de entusiasmo impregnou o ambiente. Dos 92 lotes oferecidos, 66 foram arrematados. E os 18 integrantes da coleção européia – onde estava o Ferrari – todos mudaram de dono por cotações acima da máxima. Parecia, além do valor intrínseco de cada veículo, o fato de ter a mesma origem do esportivo italiano valorizava os demais. O insuspeitado fator McQueen.

Berlinetta Lusso

Em 1963 um Ferrari não tinha a popularidade de hoje. O comendador Enzo insuflava a venda de carros a particulares, e utilizava os mesmos modelos para competir. Fábrica pequena, produção idem. A 250 foi produzida entre 1962 e 1964. Da versão Lusso, de 2+2 lugares, 348 unidades. Ter um Ferrari nos EUA era quase tão complicado quanto manter um Rolls-Royce, ou um Mercedes com injeção mecânica no interior do Piauí – ou, para não ferir as suscetibilidades regionais, em Uganda, ou no Ubiquistão. Possuí-lo não era demonstração de bom gosto, de epicurismo automobilístico, mas quase-desafio ao status quo da cultura de automóveis nos USA. Contrapondo-se ao meio ambiente, os Ferrari não possuíam confortos como direção hidráulica, ar condicionado, câmbio hidráulico. E o motor não era V8 de grande cilindrada, mono carburado, de média rotação, mas pequeno V12, aberto a 60º; 3.000 cm3; taxado a 9,2:1, alimentado por três carburadores duplos Weber, cuja sincronização exigia emoção italiana, acurácia suíça, paciência de monge. Fazia 250 hp a 7.500 rpm. Não era de paternidade desconhecida, mas filho de Gioachino Colombo, um dos gênios seduzidos pelo Comendador. A carroceria era assinada por Nuccio Bertone, moldada manualmente em alumínio. Ser dono de um Ferrari superava o ostentar algo bonito e veloz. Era contestar, com elegância, o padrão da burguesia. (Roberto Nasser/RAPI) Foto: divulgação

ACELERANDO com Fábio Amorim (23 AGO 2007)

GNV, SEBO DE BOI E PACIÊNCIA

Taxistas alagoanos reclamam do alto preço do GNV no nosso Estado. Novas usinas de biodiesel misturam sebo bovino para a elaboração de combustível alternativo. Eu, preso no trânsito, busco atalhos pela Rua do Arame, lá no coração do Tabuleiro dos Martins e escuto as notícias da rádio CBN e espero o mundo enferrujar por quase duas horas de engarrafamento.
O protesto coincidiu com nossa capa desta semana. Exposto em detalhes o Fiat Siena TetraFuel com motor 1.4. Por causa de sua adaptação bem feita de fábrica, é o melhor carro nacional para se rodar com GNV (gás natural veicular), pois, seu sistema de comutação do combustível gasoso para o líquido é automático, o que facilita em manobras emergenciais de ultrapassagens, por exemplo, quando se necessita de mais potência. Nas partidas a frio, da mesma maneira, o Siena faz tudo sozinho, escolhendo o melhor modo de funcionar sem prejudicar a parte elétrica ou mecânica do automóvel. Também de fábrica, a fixação dos botijões de gás, preparados com abraçadeiras especiais que, segundo a fábrica, seguram a massa em caso de colisão, sem contar com um sistema que corta o fornecimento do gás nas tubulações em caso de vazamento. É a tecnologia trabalhando a serviço do ser humano. A Fiat ri à tôa. Além de líder de mercado, tem agora no Siena Tetrafuel uma nova margem de lucro. Pensou vender 200 carros desse modelo, mas já atingiu 700 unidades/mês. No contexto, uma jogada de marketing, porém verídica. A marca italiana diz que o sedã compacto roda com 4 (tetra) combustíveis distintos: álcool anidro, gasolina + 25% de álcool (a nossa), GNV e gasolina pura (encontrada na Argentina, por exemplo). A última só vale para viagens ao exterior, coisa difícil de se fazer de carro...
Em salada variada, notícias do Brasil e do mundo. E o tempero está esquentando, pois o Salão de Frankfurt vem aí cheio de novidades.

Boa leitura e muita paz!

Fábio Amorim / Editor da Gazeta Automóvel (Gazeta de Alagoas)

GPS (23 AGO 2007)

Ninguém confirma – O governo pernambucano já comemora, mas, fontes de dentro da GM negam com veemência qualquer possibilidade de construção de uma nova fábrica Chevrolet aqui no nordeste. Quem será que está com a razão?

Sertões – Com verba reduzida, mas com muita raça, Tatá Xavier e Zé Luiz Coutinho paparam o 10º lugar na categoria Protótipos no rally mais difícil da América Latina.

Biodiesel – O Grupo Bertin, holding que atua nos segmentos de agroindústria, infra-estrutura e energia, iniciou ontem as operações de sua primeira usina de biodiesel utilizando como matéria-prima o sebo bovino. A estrutura fica em Lins (SP).

Enduro – A fim de correr de moto? 1º Enduro da Pátria, entre Aracaju e Lagarto (SE), nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2007. mais informações com Pedro Paulo (79) 9962 9282.

Nossos direitos – O de “ir e vir” está locado na Constituição Brasileira, mas..., de nada vale. Na segunda-feira (20/8), trânsito ilegalmente fechado em Maceió por taxistas que reclamam do preço do GNV (Gás Natural Veicular). Protestar, sim! Mas não atrapalhando o direito dos outros.

Atendimento - A partir do dia 27 deste mês, a Nissan amplia em uma hora o período de atendimento do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), estendendo o horário das 18h30min para as 19h30min. O número para contato permanece o mesmo: 0800 0 11 1090.
No topo - A JOST Brasil, uma Empresa Randon, entrou para o seleto grupo das 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, de acordo com os critérios da pesquisa realizada pelo Instituto Great Place to Work em parceria com a Revista Época, da Editora Globo. A divulgação do ranking aconteceu na última segunda-feira (20/08) em São Paulo. (RAPI)

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (23 AGO 2007)


Veruska Lapa, jornalista especializada em automóveis e assessora de imprensa da Oxagrian Comunicação, em Salvador (BA), é a nossa homenageada da semana.


CARRO INESQUECÍVEL: "Um Mercedes SLK"
CARRO DOS SONHOS: "Mitsubish AIR Track"
CARRO INESQUECÍVEL DA FAMÍLIA: "Um Chevrolet Opala"

SITUAÇÃO INESQUECÍVEL A BORDO DE UM CARRO: "Uma viagem que fiz do Distrito Federal até Belo Horizonte"

O QUE DETESTA NO TRÂNSITO? "Falta de educação das pessoas"

MÚSICA BOA PARA DIRIGIR: "Garota de Ipanema"

HOBBY: "Ouvir uma boa música"

ÍDOLO: "George Clooney"

MARCA DE CARRO QUE ADMIRA: "Mercedes-Benz"

COMIDA PREDILETA: "Paella"

MEU PRÓXIMO CARRO SERÁ... "Fiat Punto"

VIAGEM DA BOA LEMBRANÇA: "Uma que fiz à Ilha de Comandatuba, na Bahia, num evento da Fiat"

UM LUGAR BACANA: "Hawaii"

Pára-choque (23 AGO 2007)


SERVIÇO - Iluminação instantânea para os aficionados por carros


Eco Led tem sistema diferenciado de recarga de baterias que dispensa o uso de pilhas

Para os apaixonados por carros, a Nodaji lança uma lanterna que ilumina nas mais diversas situações, e o melhor, sem precisar de pilhas. A Eco Led é ideal para emergências durante a noite, para solucionar problemas mecânicos ou até mesmo para servir de iluminação enquanto se procura algum objeto. A lanterna funciona com um ´pack´ de baterias internas recarregáveis, que dispensa a troca. Pode ser recarregada de três maneiras: conectando no acendedor de cigarro do carro, por um adaptador de 12V, ou por meio de uma manivela acoplada ao corpo da lanterna, que gira um dínamo interno e recarrega as baterias. Além da recarga instantânea, a Eco Led tem como opcional um rádio FM acoplado, com duração de até 80 minutos de utilização.

Ao invés de lâmpadas, a iluminação é produzida através de Led’s de alto brilho, que também não precisam de troca, pois possuem a durabilidade de 50 mil horas. Além disso, segundo o fabricante, os Led’s têm consumo de energia menor, fazendo com que a carga das baterias dure por muito mais tempo. A lanterna ilumina em dois níveis, com três ou cinco Led’s de alto brilho. A cabeça da lanterna possui um giro de 180º, o que permite ver em qualquer ângulo. Um outro detalhe é que a Eco Led possui uma luz vermelha para sinalizar qualquer tipo de emergência. O preço sugerido do produto em São Paulo é de R$ 100,00 (Eco Led) e R$110,00 (Eco Led com rádio). (HC/RAPI) Foto: divulgação

DUAS RODAS - Econômica, versátil e boa de briga


Compacta Yamaha YBR 125 ganha nova cor para a sua linha 2008

Acompanhando tendências exigidas pelo mercado, para a versão 2008, a Yamaha YBR125 ganhou novos grafismos e além das cores; preta, prata, vermelha conta agora com uma nova, a azul. De acordo com publicações da fábrica, o conjunto de chave e miolo do contato também é novo.

Considerada uma das motocicletas mais econômicas da categoria de 125 cilindradas, a YBR 125 utiliza um motor quatro tempos monocilíndrico, OHC (Over Head Camshaft), leve e compacto, arrefecido a ar que desenvolve 12,5 cv a 8000 rpm. Este propulsor atualmente é produzido no Brasil, inclusive para equipar outros modelos e marcas no exterior. O câmbio de cinco marchas desta 125 é bem escalonado e as trocas são precisas. Por ter um conjunto equilibrado, a posição de pilotagem é confortável e permite ao usuário fazer curvas e efetuar mudanças de direção com facilidade. A Yamaha YBR125 conta com um resistente quadro do tipo diamante que combina com as suspensões que se dividem na configuração garfo telescópico na dianteira e sistema composto por duplo amortecedor na traseira. Com 1.980 mm de comprimento e 745 mm de largura a YBR tem excelente desenvoltura. A praticidade fica facilitada com o assento distante do solo em apenas 780 mm. O baixo peso da moto compacta proporciona uma boa relação peso-potência, favorecendo o desempenho e economia de combustível. (AYB/RAPI) Foto: divulgação

Roda-a-roda do NASSER (16 AGO 2007)


Cara – Já tem logomarca nova a Chrysler pós-separação. Reutiliza a estrela de cinco pontas (banida pela Daimler) em releitura gráfica, e se assina New Chrysler, para marcar os novos tempos. Cerberus, grupo investidor no controle, nomeou Bob Nardelli presidente. Tinha a mesma função na rede Home Depot, de material de construção. Homem do varejo. As definições começarão agora, especialmente para os países onde a rede de concessionários é comum. Como no Brasil.
Porquê – A Comissão de Viação e Transportes da Câmara fará audiência pública para saber as causas de tão elevado número de recalls no Brasil, e o motivo pelo qual metade dos proprietários dos veículos chamados a conserto não o realizam. Convidados os vários lados da questão: autoridades, fabricantes, vítimas e Rodrigo Rizzoto, autor do livro Recall - 4 milhões de carros com defeito de fábrica. Em setembro.
Início – Primeiras unidades do sucessor do Gol, ainda industrialmente toscas e de construção quase rústica, começam a tomar forma na fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP). São as primeiras “mulas”, unidades para os testes finais de averiguação do produto e do processo de produção. Lançamento em março.
Covardia – Corajoso, equilibrado, veraz, o jornalista mineiro Fábio P. Doyle, 80, chama atenção para a covardia dos antigos esquerdistas exilados, hoje sócios do poder, mudos contra a violência do estado brasileiro em prender e remeter a seu País os atletas cubanos tentando escapar à ditadura de Castro. Violência constitucional, repetiu, exatamente, o governo do igualmente ditador Getúlio Vargas, quando entregou a russa Olga Benário ao regime comunista.
Anúncio – Para apresentar o C4 Pallas, já à venda, a Citroën veiculará a partir de 1º de setembro série de TV 24 Horas estrelada por Kiefer Sutherland e a atriz argentina Araceli Gonzáles. O anúncio já está na TV dos vizinhos portenhos. Iniciando vendas, a Citroën informa possuir 1.200 contratos de pré-venda do Pallas.
Instrução - A Renault do Brasil conquistou em julho o troféu "Gold" do prêmio e-Learning Brasil 2007. Oferecido pela Micropower, ABRH/SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos - sucursal São Paulo) e ADVMB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), em função de seu programa de treinamento da rede de concessionárias da marca, combinando aulas pela Internet e cursos presenciais.
Caminho - Unidade Escapamentos do Grupo Magneti Marelli, inaugurou sua primeira Escola Formare em Amparo (SP), para 20 jovens locais de baixa renda. Oferecerá aulas teóricas e práticas dentro da a empresa; e condições à freqüência: material escolar, bolsa de meio salário mínimo, transporte, refeições, assistências médica e odontológica. Após um ano o formando será “Operador de manufatura de produtos em metal e serviços”, com diploma reconhecido pelo MEC. Os educadores, funcionários voluntários da Magneti Marelli, tiveram curso para ministrar aulas.
Livro – Lançamento, Carros Grandes, Grandes Carros, do professor gaúcho Geraldo Fedrizzi, faz cobertura sobre os automóveis norte-americanos até 1970. O autor, interessado em antigomobilismo, percebeu o desconhecimento das novas gerações sobre marcas e veículos referenciais, e praticou pesquisa histórica e didática para apresentá-los em meio a um resumo da história do automóvel, preocupando-se em resumir a história de mais de duas dezenas de marcas que moldaram o mercado, gostos, caminhos e demandas dos consumidores, caminhos da engenharia, perfil de executivos. Não é simplório fichário, mas obra construída com paixão, zelo e competência. Comprar? No sítio www.classicshow.com.br.
Ecologia – Em termos de ecologia e segurança, a melhor notícia do ano: a Bosch inicia, no 1º de setembro, fabricar sistemas ABS para freios de veículos. O ABS, como se sabe, impede o travamento de rodas em frenagem, distribuindo a pressão hidráulica gerada pelo acionamento do pedal do freio para as rodas em frenagem. Aumenta a estabilidade direcional, diminui a distância na frenagem, evita acidentes, reduz danos físicos e mortes.
Antigos – Em Goiás, o 5 de setembro será o Dia do Antigomobilismo Goiano. Trabalho de Ronay Andrade, presidente do Clube do Veículo Antigo de Goiás, apoiado pelo deputado Misael de Oliveira e seu assessor Dirceu Borges, ambos sócios do CVAGO.
A data, todos sabem, referencia a apresentação oficial do Romi-Isetta, primeiro automóvel construído no País.


Gente – Gisele Cardoso, jornalista, deixou a assessoria de comunicação da Citroën. Foi para a Peugeot, do mesmo grupo. Agregará experiência em marca maior e com novo presidente. Sua vaga foi preenchida por Danielle Amadio. OOOO Bruno Grundeler, 52, mudou. Da presidência da Peugeot Brasil, para igual posto na Rússia. Implantar fábrica, abrir mercado. Substituído, desde o dia 15, por Laurent Taste, 43, antes Peugeot México. Já foi diretor no Brasil. Traduz, a empresa se considera solidificada e, o negócio agora é crescer. OOOO

Um Punto bem centrado no mercado


Bem pensado, mais atualizado dos produtos brasileiros, o Fiat Punto abrirá espaço entre o Palio e o Stillo. O ELX 1.4, mais barato, custará o equivalente a um Palio mais caro, o 1.8R. E o Punto mais caro, o Sporting, terá preço do Stilo mais barato. Para concorrer pouco em casa, focará diretamente sobre dois outros nacionais com maior tempo de mercado: o VW Polo e o Citroën C3. Tem chances de êxito. O Polo é o melhor dos Volkswagen, mas atualmente isto não significa muito. E sofreu redução de preço por subtração de itens. O Citroën tem o mesmo apelo de charme em desenho e estilo, motorização mais moderna, mas assinala três anos de mercado, e perde em opções de tecnologia moderna para as versões melhor equipadas do Punto. Estilo é o ponto forte do automóvel. Projeto de Giorgetto Giugiaro, eleito designer do século, mescla harmonia de linhas e cortes, lateral em cunha, e com frente a merecer o carimbo de trabalho de mestre. Sugere os esportivos italianos, com a grade em tela com sabor de Ferrari + Maserati, os faróis aplicados nos extremos, invaginados com cobertura translúcida. E a fórmula exibe num carro de 4,03 m invejável espaço interno.

Tecnologia
O pacote brasileiro recebeu reforços estruturais, novas fixações da suspensão, e ficou mais alto 3 cm para enfrentar os buracos não consertados nas estradas, e das ruas, quase pistas de rallies. Produto com apelo de estilo e instigação visual, a Fiat manteve sua vertente de oferecer tecnologia como atrativo. Depois do aparato BlueTooth para o Stillo, aparece com o Blue&Me, um desenvolvimento à altura do País com elevadíssimo número de escravos do uso de celulares. O sistema, pioneiro projeto entre a Microsoft, a Magneti Marelli (empresa para eletrônica controlada pela montadora) e o Centro de Desenvolvimento Fiat, integra o celular e suas possibilidades, inclusive agenda, para ser comandado por voz, assim como o MP3. Hoje apenas automóveis de alta gama, como Mercedes S o possuem, e em geração anterior. O sistema integra um pacote, o HFD, formado por ABS e duas almofadas de ar frontais, e custa R$ 3.900. Na versão Sporting, topo de linha, bem equipado, apenas R$ 500,00.
Na relação de cuidados, a democratização de equipamentos permeou para o Punto, cujo carimbo de vendas o situa em categoria nova, entre o compacto e o médio. É dito ´sporthatch´. Isto está no imobilizador contido na chave de ignição, vedando a reprodução do transponder – e assim, impedindo a ligação do motor – e o furto. Nas versões melhor equipadas, há acionamento do limpador traseiro ao engate da ré. E também para a maior quantidade e variedade de almofadas de ar já aplicadas num automóvel brasileiro: frontais; laterais; nas janelas. Também, mecanismo que em freadas de pânico – tecnicamente desacelerações extremas - aciona o apoio de cabeça para a frente, impedindo o “efeito chicote” (rápida volta da cabeça para trás, batendo no apoio, capaz de lesionar a coluna vertebral). Em caso de colisão o sistema FIS corta a injeção de combustível. Há vidros laminados nas laterais.

Não terá versão 1.0, sinal do amadurecimento do mercado. A Fiat aprimorou o bom motor 1.4, ganhando 5 cv, tornando-o o mais potente do mercado: 86 cv. A tecnologia veio do desenvolvimento dos coletores de admissão e descarga para o 1.8. Este motor, eflúvios da sociedade entre Fiat e GM, expõe as tentativas da Fiat em melhorar e maquiar um motor GM, projetado em outros tempos, para outras exigências. Do fim dos anos 70, a reduzida potência sinaliza sua idade: 115 cv. Um Toyota Corolla 1.8 faz 140 cv – sem vibrar e sem ruídos.
A Fiat pretende vender 3.000 unidades mensais do Punto. Pouco? Muito? Em julho, mês recorde, venderam-se 4.000 Polo, e 2.800 Citroën C3. O lançamento do automóvel inova em cenário. Não é uma empresa em queda, com produto velho, fazendo lançamento para se recuperar. Ao contrário, é líder há anos, em crescimento, tem mais de 1/4 de todo o mercado e, vendendo tal volume, distanciar-se-à dos outros competidores. Em formas, arranjos, utilização, equipamentos, tecnologia, segurança e preço, estão muito centrados no mercado.Compare: Fiat Punto ELX 1.4 (R$37.900,00), ELX 1.4 + ar e direção (R$41.600,00), HLX 1.8(R$44.400,00) e Sporting 1.8 (R$51.900,00). VW Pólo 1.6 (R$ 40.600,00) e Citroën C3 1.4 R$41.000,00). (Roberto Nasser/RAPI) Foto: divulgação

ACELERANDO com Fábio Amorim (16 AGO 2007)

DÓCEIS MONSTROS

Nos anos 60 e 70 os caminhões feitos pela FNM (Fábrica Nacional de Motores), os famosos “fênêmê”, eram o exemplo de um brutamontes desajeitado, mas que dava conta do trabalho. Carregando centenas de sacos de açúcar ou até containers até o Cais do Porto de Maceió, os velhos FNM soltavam muita fumaça, tinham direção sem assistência hidráulica e, muito comumente, jogavam óleo pelas juntas de seu motor. Sua cara chata com um enorme emblema na grade (que ostentava uma cobra pronta para dar o bote), de fato, assustava a garotada que os viam passar. “Lá vem um fênêmê!” Gritava algum da turma desviando os olhos das ximbras no chão.

Donos de uma força tremenda, esses caminhões foram pioneiros na construção do Brasil junto com os Scania. A concepção era simples: força bruta para puxar toneladas de carga. O câmbio, embreagem, freio e direção eram uma verdadeira sala de musculação para o seu condutor. Num salto de menos de 40 anos, me vi, agora sem as ximbras e os velhos amigos, de frente com um novo ´monstro´, dessa vez bem mais dócil. Motivo de capa de nossa edição de hoje, os moderníssimos caminhões Volkswagen Constellation da linha 370 são a antítese dos antigos padrões. Fáceis de dirigir, impressionam pelo conforto e tecnologia embarcados. Monitorados via satélite, os novos extrapesados da VW têm o seu ´raio X´ esmiuçado à milhares de quilômetros de distância. É a modernidade pura a serviço do novo mundo. Fizemos um rápido test-drive em dois modelos da marca alemã. Ao descer da cabine, impressionado com o alto nível desses agora dóceis monstros, percebi que a figura do caminhoneiro obeso, de braços gigantes, sem os dentes da frente e todo sujo de fumaça, hoje está em vias de extinção. Bom por um lado e ruim para a garotada moderna que não vai conhecer jamais a força e a imponência de um velho FNM caindo aos pedaços...

Boa leitura!
(Fábio Amorim/RAPI) Foto: divulgação

GPS (16 AGO 2007)

HÁ 30 ANOS – O mundo parou para chorar a morte do Rei do Rock, Elvis Aaron Presley. Nasceu aos 8 de janeiro de 1935 no Mississipi (EUA) e partiu em 16 de agosto de 1977. Conto algumas curiosidades do Rei.
CRÉDITO - Certa vez, já depois de rico e famoso, voltou à sua terra natal e, passeando pela calçada, viu um Cadillac (sua máquina predileta) numa vitrine. Rasgou um pedaço do papel do pacote de pão que segurava, transformou o rascunho num cheque e levou o carrão na hora! Lógico: o gerente do banco pagou o cheque sem problemas...
ADORAVA – Sanduíche de pasta de amendoim. Esse era o seu lanche e sua comida predileta.
PERDEU – Um irmão gêmeo na hora do parto. O nome dele seria Jesse.
POSSUIU – Dois aviões. Um se chamava "Lisa Marie" (nome de sua filha) e o outro "Hound Dog II", numa brincadeira com a música famosa.
DIZEM – Que Elvis era extremamente tímido, adorava karatê e que, em seus dias de depressão, quando tinha crises de mau humor, descontava a raiva nos aparelhos de TV! Deus o tenha, em paz.

QUASE PRONTA – Mais antiga revenda de automóveis de Alagoas, a Ford Flávio Luz encerrou suas atividades na semana passada, no entanto, ressuscita rebatizada na semana que vem com nova roupagem e fôlego de criança. Se chamará Ford Laguna e já está instalada na Av.Gustavo Paiva, ao lado da revenda Fiat Blumare.

ACONTECEU – Nos dias 14 e 15 de agosto, em São Paulo, o “VIII Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis” Mais informações? Acesse:
www.abla.com.br




VELOZES & CURIOSOS – Gostas de carrinhos e carrões? Então aguarde, pois a ´ Emporium de Idéias´ está lançando um álbum de figurinhas cheio de modelos Hot Rod, Muscle Car, Dub Style, etc... Breve, em todas as bancas do Brasil!

Força bruta aliada ao conforto de carro de passeio


Nova linha VW Constellation 2008 agora ostenta motores mais fortes de 370 hp e mais tecnologia a bordo

Líder em vendas domésticas de caminhões acima de cinco toneladas de Peso Bruto Total (PBT), a Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou na semana passada a sua nova linha Constellation 370, composta por três novos extrapesados: os VWs 19.370, 25.370 e 31.370.
A novidade desta – literalmente – grande família é a chegada do motor VW NGD 370, de 367 hp e que foi desenvolvido pela marca alemã em parceria com a MWM International. Segundo a VW este novo propulsor ficou pronto após 50 mil horas de trabalho e já rodou mais de 3,5 milhões de quilômetros em testes. Os novos caminhões Constellation utilizam o inédito motor nas versões cavalo mecânico 4X2 e 6X2 e chassi rígido 6X4. Agora, a série Constellation passa a ter nove modelos básicos de 13 a 57 toneladas de PBT, podendo ser adquiridos com cabines tanto na versão leito como estendida.

Versatilidade
Utilizados em diversos setores comerciais, na opinião da Volks Caminhões os novos Constellation 370 estão ainda mais bem preparados para dar conta de trabalhos pesados. Com ampla funcionalidade, dependendo do equipamento traseiro, eles são fortes concorrentes no transporte de carga em geral. O menor deles, o VW 19.370 4X2 é um cavalo mecânico que foi elaborado para tracionar cargas de até 48 toneladas de PBT (peso bruto total) em aplicações rodoviárias de curta, média e longa distâncias. O modelo é muito utilizado, por exemplo, para o transporte de cargas fracionadas, containers, hortigranjeitos e produtos industrializados. Já o 25.370 6X2, também cavalo mecânico, está habilitado, de acordo com publicação técnica da marca, a tracionar semi-reboques de até 57 toneladas ou carretas de 60.000 kg. Muito utilizado para o transporte de cargas fracionadas, líquidas, alimentos e produtos industrializados.
Para concluir, o gigante maior da linha, o VW 31.370 é um veículo 6X4 com 63 toneladas de peso bruto total combinado e 63 toneladas de capacidade máxima de tração. Foi criado pela Volks especialmente para operações off-road e transporte de cargas densas. Segundo a fábrica ele é muito destinado à construção civil, transporte de cana em usinas de álcool e açúcar, empresas de cultivo e extração de madeira e companhias mineradoras.

Tecnologia
Para quem está distante desse universo, fica bem difícil acreditar no nível tecnológico e de conforto que os caminhões modernos possuem. O motor é bastante silencioso e o requinte da cabine é similar ao de uma picape de luxo, por exemplo. Não faltam mimos: som, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção hidráulica (com ajustes de profundidade e altura), porta-trecos, lugar para TV e, claro, no caso de cabine com leito, um confortável espaço para o descanso nas viagens.
O motor VW NGD 370 possui turbo compressor, tem 9.354 cilindradas, 367 hp de potência e freio motor no cabeçote conjugado. Na pista de testes da Goodyear, no interior paulista, pude sentir a força desse propulsor que arrasta sem problemas cargas imensas. A ergonomia ajuda. Ao se trocar as marchas da transmissão ZF 16S 1685 TD (são 16 marchas sincronizadas com auxílio pneumático) nota-se uma facilidade incrível de dirigir um enorme veículo com quase a mesma técnica de um carro de passeio. Andamos no 19 e no 25.370 domando-os de maneira plena. Freios, suspensão, visibilidade traseira, embreagem e ergonomia impecáveis! É a tecnologia facilitando a vida dos profissionais da estrada. Falando nela, a reboque do lançamento, a marca trouxe para esta linha o “Volksnet”, uma sofisticada plataforma de rastreamento de frota que monitora o veículo nos seus mínimos detalhes: velocidade média (com limitador eletrônico e corte geral do funcionamento do veículo), alertas de consumo de combustível, frenagens buscas, rodagem com o câmbio em neutro (a famosa banguela), indicação de manutenção, etc..., enfim, um moderníssimo controle virtual da frota que pode ser adquirido junto com a compra de um dos modelos. Elegantes e com design atualíssimo, esses novos VW extrapesados tem aparência de feras, mas, como citamos, são dóceis como um cordeirinho. (Fábio Amorim/RAPI) Fotos: divulgação

DESTAQUE - Gazeta Automóvel (16 AGO 2007)

Alexandre Gomes, carioca do Rio de Janeiro, atualmente ocupa o cargo de gerente comercial de carros novos da revenda Citroën Via France, em Maceió. Há mais de 10 anos trabalhando no setor automotivo é um dos leitores mais assíduos da Gazeta Automóvel.

QUAL FOI O SEU CARRO INESQUECÍVEL? "Um Citroën ZX Paris 1997"
E QUAL É A MÁQUINA DOS SEUS SONHOS? "Um C6"
JÁ PASSOU POR ALGO INACREDITÁVEL NO TRÂNSITO? "Sim, uma rodada numa poça de óleo, num Fiat Palio"
O QUE TE IRRITA NO TRÂNSITO? "Buracos e a falta de educação em geral das pessoas"
MÚSICA BOA PARA DIRIGIR: "Chorinho e samba"
HOBBY: "Tocar violão nas horas vagas"
ÍDOLO: "Ayrton Senna"
COMIDA PREDILETA: "Churrasco, massa e feijoada!"
MEU PRÓXIMO CARRO SERÁ... "Um Citroën C4 Pallas"
VIAGEM DA BOA LEMBRANÇA: "Curitiba-Rio-Curitiba, feita a bordo de um Citroën Picasso, passando por todo o belíssimo litoral paulista"
UM LUGAR BACANA: "A Massagueira e suas lagoas, em Alagoas"
FRASE PREDILETA: "Você é exatamente do tamanho dos seus sonhos"

Pára-choque (16 AGO 2007)


Se dirigir, não beba. Se beber, eu aviso


Nissan apresenta carro-conceito com detector de alcoolismo

A Nissan desenvolveu um carro-conceito com atributos preventivos para evitar que motoristas dirijam alcoolizados. Os diversos métodos foram desenvolvidos para detectar o estado de sobriedade do condutor e ativar medidas preventivas, como por exemplo, a imobilização do veículo. Essa tecnologia trabalha com sensores de odores nos bancos do motorista e do passageiro que identificam níveis de álcool, enquanto um detector ultra-sensível na alavanca do câmbio mede a transpiração da palma da mão do motorista. Caso seja constatado o excesso de álcool no corpo do motorista, o sistema paralisa o veículo e um alerta sonoro é emitido pelo computador de bordo.
Além disso, a detecção do álcool também é feita por meio de escaneamento dos olhos, monitorando o nível de atenção do motorista. Se o sistema percebe sinais de embriaguez, emite um alerta sonoro ao mesmo tempo em que aperta com certa pressão o cinto de segurança do motorista. O sistema também monitora o comportamento do veículo, caso o motorista tenha um momento de distração e o veículo não siga uma trajetória retilínea.Esse carro-conceito foi desenvolvido sobre uma plataforma exploratória para apresentar as novidades tecnológicas que futuramente poderão ser aplicadas nos veículos da montadora. Ainda não há um prazo específico para o lançamento de algum modelo equipado, mas a Nissan pretende usar toda essa tecnologia para reduzir pela metade, até 2015, o número de vítimas em acidentes que envolvem seus veículos, em relação aos níveis de 1995. (AN/RAPI) Foto: divulgação

SERVIÇO - PST lança alarmes antifurto para novo Punto



Com esta ação, marca mantém a já tradicional parceria com a Fiat Automóveis

A PST Electronics apresenta os novos alarmes exclusivos para o Punto, recente lançamento da Fiat Automóveis. Os produtos são totalmente dedicados ao veículo, otimizando a instalação e garantindo a originalidade. Com o lançamento do Punto, a PST Electronics e a montadora inauguram uma nova fase da parceria, integrando totalmente os recursos dos veículos com os dispositivos de segurança fornecidos pela PST. (RAPI) Foto: divulgação

ACELERANDO com Fábio Amorim (9 AGO 2007)

SALTOS TECNOLÓGICOS

Não se assuste, preclaro(a) leitor(a), mas, um dia, daqui a um sonho breve, o seu carro vai se movimentar sem o seu auxílio. É isso mesmo. Não fique triste se você tanto adora dirigir, mas, do jeito que as coisas vão, no pique evolucionista automotivo, nós deveremos nos tornar passageiros de nós mesmos. Entraremos num veículo sem volante, que não terá chave de ignição (apenas comandos de voz ou toques digitais), traçaremos o percurso desejado e..., tiraremos uma bela soneca! As ruas terão sensores que evitarão as grotescas batidas de frente ou os indesejáveis ´engavetamentos´. Postes conversarão com semáforos!
Por causa de uma meticulosa distância entre os veículos, previamente definida por um perfeito código de trânsito, os congestionamentos também serão raros, quase impossíveis, sem contar com o silêncio dos motores elétricos ou dos híbridos que queimarão hidrogênio devolvendo para nós, apenas água e oxigênio puro. Pois bem, esse mundo de sonhos, digno de um episódio dos Jetsons com direito à pipoca e Guaraná Antarctica Champagne (das antigas, que borbulhavam até o fim!) à frente da TV, deverá ocorrer algum dia. Você, que agora lê, muito provavelmente irá presenciar mudanças radicais nos carros modernos e no tal do trânsito nosso de cada dia, porque a tecnologia aeroespacial está ganhando rodas. Acredite, se quiser...
Concluo dizendo o seguinte: tomei um susto essa semana ao guiar dois monstruosos modelos pesados da VW. Dirigi, assim como se faz num carro de pequeno porte, imensos caminhões com seus reboques mais imensos ainda na traseira. Tudo como uma brincadeirinha de vídeo game, pela extrema facilidade de se guiar veículos dotados de alta tecnologia. Conto isso na semana que vem, em detalhes tão pequenos de nós dois... Para concluir, e sem fugir do tema, eis na capa o novo Fiat mundial, o Punto. Lindo carro, com rodas, motor e tudo o que você conhece. A alma é que impressiona, pela ciência que a move. Incrível! Acredite, se quiser!

Boa leitura!
(RAPI/Fábio Amorim)

GPS (9 AGO 2007)

Aumento - A Renault do Brasil fechou os primeiros sete meses de 2007 com um aumento de 29% nas vendas em comparação ao volume comercializado no mesmo período de 2006. De janeiro a julho deste ano, a empresa vendeu 35.964 unidades, o que representa 8.170 veículos a mais que o volume emplacado nos primeiros sete meses de 2006 (27.794 unidades). A participação de mercado no acumulado do ano é de 2,9%. Somente no segmento de veículos utilitários (no qual a empresa comercializa os modelos Master e Kangoo Express) o crescimento foi de 41%, com um total de 2.589 emplacamentos no período ante 1.830 unidades vendidas em 2006.

Curiosidade - Antigamente, até o final da década de 90, aqui no Brasil, ´roda esportiva´ era chamada de “Jante”. Em Portugal, essa nomenclatura continua até hoje. Como o nosso País é mestre em perder sua identidade..., se você telefonar para uma loja do ramo de acessórios automotivos perguntando se lá alguém vende uma ´jante´, muito provavelmente eles não vão nem saber do que se trata.

Andamos - A Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou em Campinas (SP), no último dia 7 de agosto, três novos caminhões da linha Constellation: VW 19.370, 25.370 e o 31.370. A previsão da marca é que os modelos atendam a maior demanda de carga das aplicações rodoviárias e fora-de-estrada do País. Com exclusividade, já andamos em dois deles e apresentaremos os ´pesados´ aqui na próxima semana.

Na frente - A Fiat foi novamente a marca líder no mercado automobilístico brasileiro em julho, com 54.533 automóveis e veículos comerciais leves emplacados no período, ou 26,4% do total das vendas. Com este resultado, sua liderança no acumulado do ano ficou ainda maior. De janeiro a julho, a marca italiana vendeu 320.188 veículos, ou 25,9% do total, com um crescimento de 32,3% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. Na média, o mercado brasileiro registrou acréscimo de 26,6% no mesmo período. A diferença acumulada para o segundo colocado no “ranking” agora é superior a 32.600 unidades. Os dados são do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam)

Vitória - A dupla formada pelo espanhol Carlos Selma e pelo alemão Jörn Pugmeister fez o melhor tempo do primeiro estágio do Rally Transsyberia. Tripulando um Porsche Cayenne S Transsyberia, versão do Porsche Cayenne concebida especialmente para este evento, Selma e Pugmeister percorreram o trecho inicial da prova com o tempo de 34:15.90. O segundo lugar ficou com outro Cayenne, tripulado pelos alemães Armin Schwarz e Oliver Hilger. Gostas da marca alemã? Então acesse www.porsche.com/transsyberia

Duas rodas - A indústria brasileira de motocicletas apresentou leve oscilação nos números referentes à produção e vendas de julho último. Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), o setor fechou o mês com 110.566 motocicletas produzidas, um decréscimo de 21,7% se comparado ao mês anterior. A queda registrada na produção foi acompanhada pelo desempenho das vendas ao mercado interno com 98.042 unidades vendidas, volume 18,7% menor em relação a junho. As exportações, no entanto, registram saldo positivo, com 42,2% de aumento, com 17.563 peças exportadas, contra 12.374 de junho. (RAPI)

Ilha tecnológica ambulante


Fiat lança na Argentina o seu mais novo italiano: o Punto


No turbilhão de novidades que atualmente move o mundo automotivo, destacar-se perante à concorrência jamais foi tão necessário. Apostando as fichas numa nova categoria batizada pela Fiat de “sporthatch”, a marca italiana lançou ontem na Argentina (para o mercado Latino Americano) o seu mais recente modelo, o Punto. Não dá para dizer que ele é exatamente o sucessor direto do Marea, porque é muito mais moderno que este parente próximo e diferente em sua concepção. Pelo porte elegante e devido ao traquejado conjunto tecnológico destinado à todas as versões, o Punto aparece como um novíssimo carro de projeto próprio, demonstrado desde o desenho externo aos mínimos detalhes de funcionamento.

A casca
Inegavelmente, italianos amam carros mais do que qualquer povo. E, junto à esta verdadeira adoração aos ´Deuses´ metálicos, eles também exigem elegância acoplada à funcionalidade. Carros de descendência italiana simplesmente não podem ser feios, sob pena de sucumbirem a protestos. Pode observar: Fiats, Ferraris e Alfas podem até ser diferentes, exóticos, mas, jamais, em hipótese alguma, feios. Isso está no sangue e na moda deles. Com o Punto não foi diferente. Maior que todos os hatchbacks compactos vendidos no mercado nacional, esse carro chega com uma personalidade digna de um italiano orgulhoso. Seu design é belo, moderníssimo e imponente.
Criado pelo renomado estilista Giorgetto Giugiaro, o Punto mais parece uma peça de arte homogênea. Sem muitas arestas radicais, o desenho dele é primorosamente bem cuidado em todos os aspectos. A frente robusta e larga possui um contexto compacto, unindo faróis, grades e pára-choque num só lugar. Pela simplicidade e beleza das linhas, até parece que tudo chegou ali de uma vez só, sem divisões. Os faróis auxiliares (de milha), localizam-se em discretas cavernas que complementam o conjunto frontal. Palmas para Giugiaro, pois criar diferenças na mesmice é coisa de artista nato.
Complementando o estilo da frente, as laterais dão vida e movimento à carroceria. As portas têm ´linha de cintura´ alta e vidrinhos triangulares na dianteira (iguais aos antigos quebra-vento), que dão um charme extra ao modelo. Para completar, uma traseira igualmente linda e limpa. A tampa do porta-malas é discreta, o pára-choque é imponente e as lanternas têm concepção moderna e funcional. O Punto exala movimento. É obra de arte pura e, principalmente na dianteira, exibe características evidentes da marca.

A clara
Mais luxuoso do que muitos sedãs nacionais e completíssimo em termos tecnológicos, o Punto atualmente é o modelo mais requintado da Fiat. Cheio de personalidade, além de ter uma ergonomia primorosa, este carro vem com um punhado de mimos que servirão, obviamente, para fisgar os novos (e agora muito mais exigentes) clientes brasileiros. Vamos lá: em primeiro lugar, ele traz o Blue&MeTM, avançado sistema de comunicação e entretenimento que, além de possibilitar ligações telefônicas de celulares com um simples comando de voz, também publica em alto e bom som as mensagens recebidas pelo aparelho móvel do usuário. Como opcional, ele oferece o Skydome®, um enorme teto solar panorâmico de vidro que ocupa quase 70% do teto do carro. Para completar, assim como o Fiat Idea, o Punto também vem equipado com vidros laminados nas portas laterais, pode vir equipado com até seis air bags (inclusive os do tipo cortina), tem opção de ar-condicionado digital e o seu sistema de som toca CDs ´normais´ e mais MP3 e outras conexões. Destaque para a entradinha extra de arquivos MP3 em pen-drives ou iPods no porta-luvas.
Repleto de gueriguéris inimagináveis da vida moderna, o Punto vai fundo na onda tecnológica: seus encostos de cabeça possuem ação anti-chicote (para proteção em batidas por trás), sistema de segurança contra incêndios (corte automático do fornecimento de combustível, em caso de colisão), carroceria toda concebida com estruturas de deformação progressiva, comandos de som no volante revestido em couro, etc, etc, etc e tal... Esse novo Fiat é uma Brastemp moderna.

A gema
Como dissemos, a receita é nova, mas, como a mão da Vovó não erra no preparo das antigas especiarias..., a Fiat conservou as mesmas sensações primitivas de seus modelos mais luxuosos de rua: eficaz ´rolling´ (capacidade de rolar no asfalto sem transmissão de ruídos ou vibrações), estabilidade coerente com a concepção do modelo, ou seja, tem suspensão macia, mas firme em curvas mais ousadas e freios ultra-eficientes (sistema ABS 8.1 Bosch, o mais moderno e silencioso do mundo). Para movimentar a massa metálica, na versão de entrada e no ELX 1.4, o motor de 85/86 hp de potência (abastecido com 100% de gasolina ou 100% de álcool, respectivamente), faz o serviço com competência. Com torque médio de 12,5 kgf/m é adequado para quem quer mais funcionalidade do que performance. Para quem deseja mais emoção com uma aceleração viril, o conhecido 1.8 Flex bicombustível equipa as versões HLX e Sporting (esta última top de linha). Com calibragem específica da injeção eletrônica, além de um novo coletor de admissão, este propulsor de 1.800 cc oferece um pico de 115 hp de potência e velocidade máxima de 183 km/h, de acordo com dados publicados pela fábrica.

Sem dúvida, um elegante carro. Com um ousado toque retrô, reinaugura em sua grade frontal o novo-velho símbolo da Fiat, antigo escudo que decorou os carros da marca entre 1931 e 1968. Esse logotipo tem agora uma forma mais arredondada, letras alongadas e fundo em cor vermelha. É isso aí: eficaz antiga receita de família, porém, preparada em moderno forno de microondas. (Fábio Amorim/RAPI) Fotos: divulgação