quinta-feira, junho 14, 2007

TEST-DRIVE - Renault LOGAN




Espaço, praticidade, bom acabamento e preços convidativos
Novo modelo da Renault chega ao mercado inaugurando inédito filão de vendas

De acordo com Jérôme Stoll, presidente da Renault do Brasil, “a chegada do Logan marca uma ruptura interna na oferta de veículos no mercado nacional”. Esse é um ponto de vista acertado, já que o Logan inaugura uma nova fase no cenário automobilístico brasileiro: a dos carros com amplo espaço interno, bom nível de conforto e preços mais acessíveis.
Criado, desenvolvido e fabricado inicialmente na Romênia, o Logan nasceu da Dacia, empresa pertencente ao grupo Renault desde 1999 e hoje já faz sucesso em mais de 50 países. A filosofia que deu origem ao carro é muito simples: oferecer um produto interessante, amplo no habitáculo e no porta-malas e que custe menos do que a maioria. No entanto, ele não foi feito para integrar as fileiras dos carros populares, e sim para caminhar num outro tipo de via, cortejando um consumidor um pouquinho mais exigente. O sucesso saiu da Romênia, espalhou-se pela Europa e Ásia e hoje já invadiu recantos longínquos e estratégicos que irão colaborar com a exposição da marca em amplitude mundial. Agora, o Logan já roda na América Latina, Turquia, Rússia, África, Irã e Índia, ambos mercados muito fortes.
A convite da montadora, decolamos até o Rio de Janeiro para sentir as primeiras impressões sobre o carro. Resumidamente, diria que o projeto é interessante, bem acabado e o novo automóvel mostrou-se ´honesto´ em sua proposta de uso.

Raio X
O Logan será ofertado ao público brasileiro em três versões: Authentique 1.0 16V, Expression 1.0 16V (versão intermediária) e Privilège 1.6 16V, esta última, topo de linha da família. Custarão, respectivamente, R$27.990,00, R$29.480,00 e R$39.790,00. Para agregar conforto e valores às versões, a Renault oferecerá vários opcionais, como ar-condicionado (R$3.500,00), direção hidráulica (R$1.800,00), retrovisores, travas e vidros elétricos, bancos em couro, faróis de neblina, sensor de estacionamento, entre outros.
A grande jogada deste sedã é justamente fisgar aquele consumidor que ou está habituado a comprar carros seminovos, ou jamais teve um veículo zero quilômetro e agora está pensando em ter um. O Logan, mesmo em sua versão mais simples, oferta um interessante pacote de itens de série, o que agrada. Sem contar com o respeitável nível de acabamento e a construção avançada da carroceria, que traz barras de proteção nas portas e diversos detalhes que contribuem com a segurança do carro.

Máquina
Tanto o 1.0 (77 cv de potência e 10,1 kgf/m de torque), quanto o equipado com propulsor de 1.6 litro (112 cv de potência e 15,5 kgf/m de torque) comportam-se de maneira agradável. Em marcha lenta, roncam baixinho, andam macio e parecem, de fato, carros de categoria superior.
Ergonomicamente bem feito, o Logan é cheio de porta-trecos, tem um porta-luvas gigantesco, possui costuras bem definidas, bancos confortáveis e é estável nas freadas e curvas de média intensidade. Como disse no início dessa matéria, é fiel em seus propósitos: nem ousa ser um Mégane (pois não tem conforto e equilíbrio para isso), muito menos se iguala na mesma categoria do Clio, pois tem outro propósito de existência. É carro familiar (ou servirá como ótimo táxi, por exemplo...). Comparado em dimensões ao Toyota Corolla, conhecido carro mundial, o Logan é maior. Entre eixos de 2.630 mm (contra 2.600 do japonês), porta-malas de 510 litros (contra 437) e altura de 1.740 mm (contra 1.705 mm do Corolla), enfim, produto novo, ousado em sua proposta, provocou curiosidade e surpresa em muitos profissionais especializados no setor, destacando-se positivamente.

Mercado


Modesta, a Renault do Brasil diz que prevê a venda de apenas 1.500 unidades/mês do modelo, mas, em comparação direta com o Fiat Siena e GM Prisma (adversários maiores dele), esse número deve subir e muito, porque, além dos preços convidativos, oferece 3 anos de garantia ou 100.000 quilômetros (o que ocorrer primeiro), coisa que a concorrência não oferta. Isso é um trunfo muito significativo, sem contar com o aval da renomada revista francesa L´Automobile, que colocou-o um nível acima de referências como o VW Golf, Audi A3 e Ford Focus, classificando-o, ainda, de “indestrutível”. Muito provavelmente o Logan deverá fazer história e mudar os rumos da Renault no Brasil, pois tanto o conteúdo quanto a parte externa da embalagem, são devidamente ´honestos´ e sem falsas promessas. (RAPI/Fábio Amorim) Fotos: divulgação

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