quinta-feira, julho 05, 2007

ACELERANDO COM FÁBIO AMORIM (5 JUL 2007)

LUXO E VERSATILIDADE
Tenho certeza que não acontece com todo mundo, mas, sinto saudades do passado, digo, dos automóveis de outrora. Depois desse termo antigo pra´s cucúias, agora já senti, também, saudades de gente do passado, porque “outrora” rima com Aurora, nome de uma tia bem velhinha minha, lá do bairro de Bebedouro, quando ainda havia o banho na Rua do Banheiro, na casa do seu “Né Fragoso”. Pode notar: hoje não há mais Auroras e nem o Ford Corcel dos anos 70 nas ruas. Dois detalhes da infância clarearam nesse instante: o Corcel 76 (marrom metálico, de minha mãe) que era prático e funcional. Tinha motor de 4 cilindros, era econômico, silencioso e não quebrava. Um carro em sua essência, que servia de meio de transporte, apenas. A outra recordação puerícia é o suco de pitanga feito pela Tia Aurora. Colhidas do pé, na horinha do lanche, rendiam um sabor inigualável. Hoje a nossa edição está tão repleta de tecnologia que me surgiu esse saudosismo, esse pulsar antagônico à modernidade.
Na capa, o Mitsubishi Outlander. Um computador ambulante, com rodas e espaço para passageiros. Grande carro que faz quase tudo sozinho. Andamos nele e aí está resumido, objetivamente explicado, para você, que não tem mais tempo de tomar suco de frutas colhidas no ´pé´. Sabe, caro(a) leitor(a)... hoje tem tanta coisa para você ler sobre carros, que vou terminar fazendo rima:

Carro, pra que te quero, carro?
Pra me levar onde não quero ir/
Saltando belas calçadas/
Que em calmas passadas, a pé, sentindo a brisa/
Colheria piscadelas da moça bonita/
Mas não vejo quase nada/
Porque a vida é somente pressa/
E em carros devo ganhar o mundo.

Boa leitura, preclaro leitor(a)!
(Fábio Amorim) Foto: acervo pessoal

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