quinta-feira, julho 19, 2007

De carros velhos e automóveis novos


Coronel Hugo Chaves Frias, mandão na Venezuela, em seu projeto de marketing de poder pessoal, construído à base de provocações e críticas ao governo norte-americano, fez – ou cometeu – associação a empresa Khodro, do Irã. Somando nomes, criaram a Venirauto, para fabricar carros anti-imperialistas. Investimento risível de US$ 8 milhões para reformar prédios antigos e receber as ferramentas da linha de montagem. A nacionalização atual é reduzida, apenas mão de obra. O protesto do ditador sul americano contra Cadillacs, Lincolns e Chevrolets é bem adequado ao seu projeto e ao tipo de ditadura. É produto atrasado duas gerações. Um Peugeot 405, dos anos 80, com estética interpretada no Irã. Aí chama-se Samand, nome de cavalo veloz. Na Venezuela, misturou-se com o homem e se chama Centauro... Primeiras unidades foram uma espécie de Bolsa-Automóvel venezuelana: a cadetes da Força Aérea, financiamento especial e isenção de impostos. Parece um investimento sobre o braço militar que surge no horizonte, patrocinado pela sociedade. Diz a fábrica, em 2010 fará 25 mil unidades. Cartão de identidade apresenta o peso dos anos: o motor 1.8 faz apenas 100 cv. O do Nissan Tiida, 126 e o do Toyota Corolla, 140.

Aqui
Mítico como mês de azares e desgostos, o agosto de 2007 será marcado por boas novidades no mercado. Anote: Renault Logan – inicia vendas. Tem jeito de pesquisa de mercado, destinada a consumidores até agora distantes de carros médios e novos. Espaçoso, industrialmente econômico, enorme porta-malas, garantia de três anos. Estilo no limite. Versão com ar e direção, motor 1.6 16 V, R$ 42 mil.
Citroën Picasso – Em primeiro retoque, explicita esperanças da marca em manter-se líder no segmento, vendendo 1.000 unidades/mês. Mudanças contidas para não alterar as boas formas: grade mais aberta, inspirada no modelo C4; faróis com canhões de luz; pára-choques modificados; novo trato interno, decoração escurecendo em direção ao grafite. Subirá 5%.
Vectra 2008 – A GM manobra com versões e preços para mantê-lo competitivo frente aos concorrentes com melhor andadura e sensações. Bobagens supérfluas: cores, farol azulado, antena. Opções com motores quatro cilindros, transversal, 2.0, 8 válvulas e 2.4 16 v, flex. Neste esplendoroso 2007, o Vectra é dos poucos veículos a vender menos que em 2006.
Passat V6 – É outro nível. V6, 3.200 cm3, 24 válvulas, 250 cv, tecnologia FSI, com injeção direta nos cilindros. Transmissão automática de 6 marchas, e sistema 4Motion de tração permanente nas 4 rodas, ótima combinação para aproveitar a cavalagem do motor, fazendo 0 a 100 km/h em tempo de automóvel sério: 6,9 s. Tem versão Variant. Preços à altura do pacote de performance, conforto e segurança: Passat R$ 167.150; Variant R$ 172.290.
Fiat Punto – Inédito no país, sucesso na Europa, maior que o Palio, menor que o Stilo. Motorização 1.8 nas primeiras séries e 1.9 próximo ano. Várias versões, incluindo a Sporting. Novidade migrando ao Stilo, câmbio automatizado. Monitoramento eletrônico da caixa mecânica de marchas. Lançamento primeira semana, vendas ainda no mês.Nissan Tiida – Mexicano importado sem impostos alfandegários, hatch, motor 1.8, 126 cv, mais potente da cilindrada, transmissão automática, espaçoso por dentro, médio por fora, rodar confortável pelo uso de plataforma de projeto novo. Pretende fazer a alegria dos concessionários como o único japonês carroceria de 2 volumes no mercado. Com o Sentra, agora com fornecimento normalizado, terá a exclusividade de ser a marca com dupla de produtos atualizada. Concorrente do Peugeot 307. (Roberto Nasser) Foto: divulgação

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