quinta-feira, julho 05, 2007

Turbo reduz emissão de dióxido de carbono


Aplicação em veículos com motor a gasolina vai crescer muito nos próximos anos

Com a turboalimentação dos motores, que em 2005 passou a equipar a metade dos carros produzidos na Europa, a indústria automobilística contribuiu para a redução de 11% do nível de emissão de dióxido de carbono, o CO2 que provoca o efeito estufa. Em 1996, quando apenas 22% dos carros eram turboalimentados, a média de emissão de CO2 havia atingido 184 g/km (grama por quilômetro percorrido). Estudos da Honeywell Turbo Technologies mostram que a redução das emissões de CO2 teve, como principal motivo, o aumento da aplicação do turbo e que ele irá contribuir para a indústria atingir o objetivo de 130 g/km previsto para o ano de 2012. Os resultados desse estudo foram apresentados pelo engenheiro mecânico Denis Jeckel, diretor mundial de marketing e benchmark para carros de passeio da Honeywell Turbo Technologies, em palestra que realizou em São Paulo (SP).
O executivo informou que, atualmente, a média de emissão de CO2 dos veículos, na Europa, caiu para 164 g/km e que a tendência é a redução desse índice por intermédio do gradativo aumento do uso da turboalimentação, como tem ocorrido. "Sem ela, hoje nenhum motor a diesel atingiria os limites de emissões estabelecidos pelas normas Euro IV, na Europa, e Euro III, no Brasil", afirmou Jeckel. Ele considera que o uso de turbos em motores veiculares deverá atingir 20 milhões de unidades/ano em 2010, o que corresponde a 25% acima dos 16 milhões registrados no ano passado. Segundo Jeckel, nos próximos anos o maior crescimento da aplicação da turboalimentação se dará nos veículos com motorização a gasolina, hoje ainda em menor quantidade que os movidos a diesel.

Downsizing dos motores

O engenheiro explicou que entre os recursos disponíveis para a indústria atingir os objetivos de redução de CO2, estão a redução do tamanho dos motores atualmente utilizados (downsizing) e as novas tecnologias de turboalimentação em desenvolvimento, para os motores a gasolina e a diesel, e também para os novos tipos de combustíveis, entre os quais o etanol e o ´flex´, com crescente utilização no mercado brasileiro. De acordo com Jeckel, a redução do tamanho dos motores, com o auxílio da turboalimentação e combinada com a injeção direta de combustível, mantém o padrão de eficiência dos automóveis em desempenho e dirigibilidade e reduz o consumo de combustível e de emissão de CO2. (SC/RAPI) Fotos: divulgação

Nenhum comentário: