Mercado de automóveis é uma incógnita. As definições de êxito ou fracasso no mais das vezes passam pelos mesmos condicionantes e derrotam projeções e formulações, seja para menos ou para mais. Há produtos ruins que se mantém em produção e vendas e há outros, superiores a estes, sem ascender ao conforto de planar sobre o mercado. Destes, o Ford Focus é exemplo. Médio com excelente aproveitamento interno e ótima relação com as dimensões externas, chegou, vindo da Argentina em 2000. Charmoso, linhas modernas, projeto desenvolvido por um ex-vice-campeão de rallyes, privilegiando estabilidade, dirigibilidade e freios. Em sua categoria é o de condução mais agradável.
A Ford o refinou agora, aplicando-lhe o ótimo motor Zetec 1.600 cm³ monocomando das 8 válvulas no cabeçote. Um bom ´Flex´, com preciosismo mecânico, como a válvula termostática eletrônica, identificadora do combustível, regulando a temperatura da água refrigerante para melhor rendimento e consumo. Produz 105cv a gasolina e 113 a álcool. Torque de aproximadamente 17kgf/m. Afinação doméstica-urbana, o torque surge às baixas rotações. Esta calibragem, somada à redução da segunda marcha do câmbio com cinco, dá-lhe agilidade e baixo consumo.
Bom
É um companheiro - falo do tempo em que a palavra significava parceria e confiança. Você propõe, ele topa. Generoso, oferece estabilidade excepcional, rolagem confortável, direção precisa, freios corretos, transmite segurança, poucos ruídos e consumo. Cobra pouco: média cidade/estrada álcool, 10 km/litro. Gasolina, 13,3 km/litro. Não é projeto de gente boba. É bem feito. Desde o painel de instrumentos, à colocação dos comandos, indo ao porta-malas com dobradiças embutidas, sem furtar espaço útil. Bancos com ótima superfície para apoio, volante em diâmetro correto, espessura e contato agradáveis. Direção precisa, as distâncias entre as rodas oferecem rodar superior na categoria – iguala-se com o novo Renault Mégane. Há em versões de decoração GL e GLX. Em todas, diz a Ford, supera a concorrência na oferta de mais itens. É o mais barato e mais equipado.
Lama Clássica
O maior encontro de veículos antigos da América do Sul ocorre em Buenos Aires. É o Autoclasica, realizado em meio a charme, gramados e bosques do Hipódromo de San Isidro, bordejando a capital, é elegante, cercado de eventos promocionais, organizado com civilizada base européia, com a presença de outros clubes, carros e sócios. Diferencia-se dos nossos, por estrutura e acervo. Os vizinhos eram ricos e cultos à época. Assim, importaram em larga quantidade veículos caros, refinados, de estirpe. E deles não tiveram medo. Seus mecânicos mantiveram-nos funcionando, sem condená-los ao ferro velho, como ocorreu aqui. Exportaram muitos remanescentes – como todo consente países pobres em matéria e espírito. Depois, criaram lei de importação, e valorizam mais o muito que sobrou de seu rico patrimônio.
O Autoclasica brilha ao reunir mais de um milhar de veículos bem dispostos sobre o cuidado gramado, adornado com tendas brancas. Ao lado, uma ótima feira de peças.
Este é o padrão. Neste ano, entretanto, foi exceção. Participante não convidada borrou o cenário. Chuva forte, tormenta, como lá dizem, alagou o terreno. A grama submergiu. O movimento dos veículos amanhou a terra e transformou-a em barro. Água, frio e barro assustaram os expositores. Tanto, adiaram a abertura do evento, à espera da chegada de outros participantes, ausentes. E outros, sob a inclemência da água e do barro, salpicado nos veículos, foram resgatados por picapes com tração total, antes do fim. A feira de peças submergiu. O número de visitantes foi igualmente reduzido, e quem o fazia valia-se do auxílio de botas de borracha, ou de sacos plásticos para envolver os sapatos.
Os organizadores resistiram impávidos, como se nada ocorresse. A assessoria de imprensa desconhecia a chuva, o barro, as dificuldades de trabalho. E neste clima, com jurados ensopados e elameados, elegeram os melhores, dentre os que restaram protegidos por tendas.A Ford o refinou agora, aplicando-lhe o ótimo motor Zetec 1.600 cm³ monocomando das 8 válvulas no cabeçote. Um bom ´Flex´, com preciosismo mecânico, como a válvula termostática eletrônica, identificadora do combustível, regulando a temperatura da água refrigerante para melhor rendimento e consumo. Produz 105cv a gasolina e 113 a álcool. Torque de aproximadamente 17kgf/m. Afinação doméstica-urbana, o torque surge às baixas rotações. Esta calibragem, somada à redução da segunda marcha do câmbio com cinco, dá-lhe agilidade e baixo consumo.
Bom
É um companheiro - falo do tempo em que a palavra significava parceria e confiança. Você propõe, ele topa. Generoso, oferece estabilidade excepcional, rolagem confortável, direção precisa, freios corretos, transmite segurança, poucos ruídos e consumo. Cobra pouco: média cidade/estrada álcool, 10 km/litro. Gasolina, 13,3 km/litro. Não é projeto de gente boba. É bem feito. Desde o painel de instrumentos, à colocação dos comandos, indo ao porta-malas com dobradiças embutidas, sem furtar espaço útil. Bancos com ótima superfície para apoio, volante em diâmetro correto, espessura e contato agradáveis. Direção precisa, as distâncias entre as rodas oferecem rodar superior na categoria – iguala-se com o novo Renault Mégane. Há em versões de decoração GL e GLX. Em todas, diz a Ford, supera a concorrência na oferta de mais itens. É o mais barato e mais equipado.
Lama Clássica
O maior encontro de veículos antigos da América do Sul ocorre em Buenos Aires. É o Autoclasica, realizado em meio a charme, gramados e bosques do Hipódromo de San Isidro, bordejando a capital, é elegante, cercado de eventos promocionais, organizado com civilizada base européia, com a presença de outros clubes, carros e sócios. Diferencia-se dos nossos, por estrutura e acervo. Os vizinhos eram ricos e cultos à época. Assim, importaram em larga quantidade veículos caros, refinados, de estirpe. E deles não tiveram medo. Seus mecânicos mantiveram-nos funcionando, sem condená-los ao ferro velho, como ocorreu aqui. Exportaram muitos remanescentes – como todo consente países pobres em matéria e espírito. Depois, criaram lei de importação, e valorizam mais o muito que sobrou de seu rico patrimônio.
O Autoclasica brilha ao reunir mais de um milhar de veículos bem dispostos sobre o cuidado gramado, adornado com tendas brancas. Ao lado, uma ótima feira de peças.
Este é o padrão. Neste ano, entretanto, foi exceção. Participante não convidada borrou o cenário. Chuva forte, tormenta, como lá dizem, alagou o terreno. A grama submergiu. O movimento dos veículos amanhou a terra e transformou-a em barro. Água, frio e barro assustaram os expositores. Tanto, adiaram a abertura do evento, à espera da chegada de outros participantes, ausentes. E outros, sob a inclemência da água e do barro, salpicado nos veículos, foram resgatados por picapes com tração total, antes do fim. A feira de peças submergiu. O número de visitantes foi igualmente reduzido, e quem o fazia valia-se do auxílio de botas de borracha, ou de sacos plásticos para envolver os sapatos.
O"Best of show de Autoclásica 2007" foi um Bentley 3 litros de 1927. O "Gran Premio a la Elegancia Autoclásica 2007" um Mercedes Benz 300 SA de 1952. Em motos uma BMW 750 militar com sidecar, levou o troféu.
Neste ano houve a participação de veículos brasileiros. Nada organizado pela Federação Brasileira de Veículos Antigos, mas pelo Veteran Car Club de Minas Gerais. Levaram uma cegonha com 8 veículos, um dos quais com idade inferior à exigida. Presentes, ganharam prêmios Brasinca, Malzoni e Puma, os três da nova categoria. A falta de aval e envolvimento do órgão federativo não deu amplitude nacional à participação dos veículos brasileiros, e talvez tenha sido este o motivador da ausência de sinalização, pórtico, citação no programa, embaixador. Restaram estacionados em conjunto. Sem indicativo, saudação ou referência, Eram, apenas e lamentavelmente, uns carrinhos curiosos e diferentes, embora a falta de indicação não permitisse aos visitantes saber procedência, marcas ou especificações. (Roberto Nasser/RAPI) Fotos: divulgação
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