quinta-feira, setembro 06, 2007

Mercado - Cuidados ao financiar um veículo


Especialista defende a busca de informação e a pesquisa antes de fechar negócio

As inovações nos planos de financiamento, com prazos cada vez mais longos e taxas de juros prefixadas e em queda, estão fazendo milagres nas vendas de veículos no Brasil e levando as montadoras a bater recordes seguidos. Dessa forma, se você estiver pensando em comprar um carro novo, deve estar se deparando com ofertas de todos os tipos, com entradas variáveis, prazos flexíveis. Isso tudo até pode ser atrativo para quem não tem dinheiro para comprar um carro à vista, mas, o diretor da ASB Financeira, José Arthur Assunção, alerta que é preciso verificar suas necessidades e disponibilidades para escolher a melhor alternativa e não pagar caro demais pelo veículo. Veja os pontos que ele julga mais importante.

Análise
Em termos financeiros, a melhor opção seria financiar o veículo com uma entrada maior, de 50% do valor, por exemplo, conseguindo uma taxa de juros mais baixa e sem alongar muito o prazo. Existem taxas mensais reduzidas, até zeradas para esses planos e você pagará um valor total bem menor do que em parcelamentos de prazos muito dilatados.
Nos longos financiamentos, de até 72 meses com entrada reduzida ou até zero de entrada, o carro pode sair pelo dobro do valor do mesmo veículo comprado à vista. O preço das prestações fica menor, o que é interessante para muita gente. Se não tem saída, os consórcios podem ser menos onerosos. Mas não pense que achou o mapa da mina, porque há inconvenientes. Você deve se lembrar que no consórcio não terá o bem de imediato e precisa contar com a hipótese de ser o último a ser sorteado, caso você não arrisque um lance, situação que pode antecipar a chegada do carro.
Nos financiamentos é importante lembrar que é preciso ficar atento às taxas cobradas pelos bancos, tanto na abertura do crédito, como para a quitação antecipada. Elas podem representar importante impacto nos juros efetivamente cobrados na operação. Segundo o Banco Central do Brasil, as tarifas de abertura de crédito variam de zero a R$2.000,00. Pergunte antes de fazer o financiamento qual o valor dessa taxa e veja alternativas de bancos disponíveis para o financiamento.

No caso da quitação antecipada de crédito, a chamada rescisão contratual, a tarifa pode chegar a ser maior que o valor emprestado. Esses valores devem inviabilizar qualquer tipo de quitação antecipada porque superaram, em muito, os juros da operação. Se você tem carro financiado, por exemplo, deve ficar atento ao valor da tarifa do seu banco, porque ela pode tornar desfavorável a quitação antecipada. Em um financiamento com 12 prestações de R$889,00, com juros mensais de 1,2%, por exemplo, se a tarifa cobrada para quitação adiantada superar R$700,00 será maior que o valor pago de juro do financiamento. Assim, será melhor continuar pagando as prestações. (RAPI) Foto: divulgação

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