sábado, março 31, 2007

Em novembro, o interessante Artega


Carros esportivos apresentados em Salões têm jeito de sonho impossível, protótipos com conceitos, ou tentativas solitárias de captar investimentos à sua industrialização.
Mostrado no Salão de Genebra, o alemão Artega muda o foco. Nada de esportivo performático, mas a soma de atrevimento de estilo, construção, rendimento e conforto aos dois usuários. Inicia ser produzido em novembro, em sociedade entre técnicos envolvidos solidamente com automóveis e a Paragon, indústria alemã de eletrônicos. A idéia é um automóvel de performance, uso agradável a duas pessoas, com série de confortos internos, dois porta-malas, porta-trecos, e invejável bateria de eletrônicos, como velocímetro e conta-giros no mesmo instrumento. Mecânica descomplicada, e nascido de uma folha em branco, sem as limitações dos outros fabricantes.

O melhor
O time do projeto tem referência mundial: Klaus Dieter é ex-chefão da Rolls-Royce; Henrik Fisker, ex-designer da Aston Martin; e Essig Hardy, ex-Porsche. O automóvel exibe a coragem tecnológica: pequeno - quase 4 m, largo, mais baixo que um Lamborghini Gallardo, o atual “ai-meus-sais” do mercado dos esportivos não trambolhosos, fácil de entrar e de sair, e de bom cômodo interno. Chassi em estrutura de aço, reforço com painéis de alumínio, carroceria em fibra de carbono. Motor traseiro entre eixos, transmissão de seis marchas, Volkswagen, V6, de 3,6 litros, 300 cv de potência, chega a 270 km/h. O foco não é o de ser o mais veloz nem o de maior aceleração, mas ser identificado como de maior tecnologia de projeto e construção, sem macular o apelo estético, a pureza construtiva, a simplicidade mecânica. Talvez por isto e pela quase exclusividade de apenas 50 unidades/ano, quer custar E 90 mil – um Porsche. Quer impor-se assim.

Air bag obrigatório está chegando
Está com dias contados no Brasil a dispensa dos itens de segurança e a opção pelos de decoração e conforto. Hoje, menos de 5% dos compradores exigem bolsas de ar duplas. A causa é a aprovação do Projeto 115/04, do senador Eduardo Azeredo, PSDB (MG), pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Por ele, as almofadas de ar (air bag) para motorista e passageiro frontal se tornarão obrigatórias em todos os carros novos um ano após a publicação. O projeto ainda será enviado à Comissão de Constituição e Justiça em rito terminativo - dispensa ser apreciado em Plenário.

Curiosidade no curso legislativo, a obrigatoriedade de barras laterais anti-intrusão e um arco no teto, proteção contra danos pessoais em capotagem, foi suprimida pelo senador Romeu Tuma, PFL (SP), relator. Alegou encareceriam os veículos, e quem quiser, compre-os como acessório - o que é impossível. (Texto: Roberto Nasser / Foto: divugação)

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