quinta-feira, março 22, 2007

ACELERANDO (22 MAR 2007)

AUTOMÓVEL: PAIXÃO INCOMUM

O que será que move um sociólogo e maestro a transformar, durante anos, um automóvel comum em outro completamente novo? Seguramente a paixão. O tema de nossa capa de hoje é matéria exclusiva em Alagoas e no Brasil, afinal de contas, ninguém conhece (ainda!) o “JM”, veículo híbrido entre bugre e carro de passeio projetado e construído por Julião Marques, proprietário e personagem principal da matéria maior do nosso suplemento.
Misturado num incrível quebra-cabeças metálico, esse veículo, o JM, outrora foi um Bugre Selvagem, ano 1979, comprado zero-quilômetro em Natal (RN), sede da fábrica de bugres mais famosa do Brasil. Apesar de receber tantos membros distintos e de outras raças, o JM não se transformou num Frankstein de lata, pois, por incrível que pareça, é harmônico em todos os ângulos, fruto do capricho de seu dono que, incansavelmente, trabalhou no projeto até que o mesmo chegasse a resultados satisfatórios. Testado pela Gazeta Automóvel, o JM mostrou-se notavelmente equilibrado e muito bem acabado. “Invendável”, na ótica do “pai da criança”, é exemplar único no mundo. A mecânica básica é do Volkswagen Gol, mas traz muita coisa dos Chevrolets Corsa e Celta. Bom de andar, não parece um bugre e sim coisa mais evoluída. Na opinião de Julião e também nossa, um interessante carro.
No geral, saudades de Ayrton Senna (que faria 47 anos ontem, se vivo estivesse) e mudanças radicais, como a troca dos caminhões Mercedes-Benz pelos Volkswagen, anunciada pelas Forças Armadas Brasileiras, que mudam, mas continuam optando pelas boas idéias mecânicas alemãs. É sentar, folhear, ler, curtir, sorrir, analisar, dividir e esperar a semana que vem, pois, como diria Cazuza: o tempo não pára.

Boa leitura!
Texto: Fábio Amorim

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Fabio.Vamos ajudar a corrigir este êrro padrão brasileiro.O nome Bugre é de um tipo de Buggy e não o genérico.

Aliás,qual foi a última vez que viu um buggy da Kadron?

Paulo Mello RJ

Fábio Amorim disse...

OK, Paulo, valeu a observação. Estás certo, pois o erro é constante. É que "bugre" virou meio que um sinônimo de carros de fibra com vocação para enfrentar areia. "Bugre" é o "Xerox" dos veículos. Pegou de um jeito que acho difícil a cultura mudar.

Abraço,
Fábio Amorim